Numa urgência caótica, sete horas após entrar ninguém sabia de Carolina

Maioria dos hospitais do país ainda tem camas de internamento disponíveis, mesmo nas unidades de cuidados intensivos. O hospital de Penafiel está a transbordar pelas costuras, o que o obriga a transferir muitos doentes para outras unidades.

Foto
O Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, integrado pelo hospital de Penafiel e pelo de Amarante, cobre uma área de 12 concelhos Paulo Pimenta/arquivo

Eram perto das 19h quando Carla Moreira, 45 anos, doméstica, recebeu um telefonema desconcertante. Ligavam-lhe do interior da urgência do hospital de Penafiel, onde chegara pouco depois do meio-dia com a mãe, uma septuagenária com demência e uma saúde frágil. “A sua mãe ainda está no hospital?”, perguntavam à filha, perto de sete horas após a familiar, a quem um cancro levou metade do estômago, ter entrado no hospital.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Eram perto das 19h quando Carla Moreira, 45 anos, doméstica, recebeu um telefonema desconcertante. Ligavam-lhe do interior da urgência do hospital de Penafiel, onde chegara pouco depois do meio-dia com a mãe, uma septuagenária com demência e uma saúde frágil. “A sua mãe ainda está no hospital?”, perguntavam à filha, perto de sete horas após a familiar, a quem um cancro levou metade do estômago, ter entrado no hospital.