Eleições de 2020 nos EUA vão custar o dobro das de 2016

Montante de 14 mil milhões de dólares foi impulsionado por aumentos significativos nas doações para a corrida presidencial e para o Senado norte-americano.

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Os dois candidatos à Casa Branca já movimentaram mais dinheiro este ano do que todos os candidatos juntos em 2016 KYLE GRILLOT/EPA

As campanhas eleitorais deste ano nos EUA, para a Casa Branca e para as duas câmaras do Congresso, vão custar mais do dobro do total gasto em 2016. Quando os votos forem contados, a partir de 3 de Novembro, os candidatos espalhados por todo o país terão movimentado 14 mil milhões de dólares (12 mil milhões de euros), segundo a estimativa do Center for Responsive Politics.

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As campanhas eleitorais deste ano nos EUA, para a Casa Branca e para as duas câmaras do Congresso, vão custar mais do dobro do total gasto em 2016. Quando os votos forem contados, a partir de 3 de Novembro, os candidatos espalhados por todo o país terão movimentado 14 mil milhões de dólares (12 mil milhões de euros), segundo a estimativa do Center for Responsive Politics.

Há quatro anos, as campanhas eleitorais envolveram gastos de 6,3 mil milhões de dólares. Nas contas deste ano, só a corrida presidencial, entre Donald Trump e Joe Biden, vai movimentar mais dinheiro do que todas as eleições federais de 2016: 7,2 mil milhões de dólares.

Os bolsos dos candidatos encheram-se com os aumentos significativos nas doações através da Internet, com milhões de pequenos doadores incentivados pelas grandes diferenças entre as campanhas de Trump e Biden; e também com o aumento dos cheques dos grandes financiadores – doações milionárias que contornam os máximos previstos na lei através de grupos conhecidos como super PAC.

Os 14 mil milhões de dólares gastos nas campanhas deste ano nos EUA representam quase tanto como os 15,3 milhões de euros que Portugal vai receber, a fundo perdido, do Fundo de Recuperação da União Europeia nos próximos seis anos. 

“Os doadores despejaram somas recorde de dinheiro nas eleições intercalares de 2018, e 2020 parece manter essa tendência, com uma dimensão ainda maior”, disse Sheila Krumholz, directora executiva do Center for Responsive Politics. “Há dez anos, teria sido difícil imaginar um candidato presidencial com mil milhões de dólares para gastar. Este ano, é provável que tenhamos dois.”

Segundo a organização independente, que se dedica a acompanhar o rasto do dinheiro que é gasto em eleições, nas últimas semanas registou-se um aumento das doações por causa da batalha pela nomeação da juíza Amy Coney Barrett para o Supremo Tribunal dos EUA e por causa de várias corridas para o Senado.