Luís Filipe Vieira reeleito presidente do Benfica com 62,5% dos votos

Presidente dos “encarnados” reforçou a ideia de que cumprirá o último mandato à frente dos destinos do clube.

Foto
LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Luís Filipe Vieira foi novamente reconduzido na presidência do Benfica, com 471.660 votos, correspondentes a 62,59% do total. É a vitória mais curta de todos os actos eleitorais em que se envolveu, mas ainda assim confortável face à concorrência, que teve em João Noronha Lopes (34,71% dos votos) o perseguidor mais próximo (Rui Gomes da Silva terminou com 1,64%).

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Luís Filipe Vieira foi novamente reconduzido na presidência do Benfica, com 471.660 votos, correspondentes a 62,59% do total. É a vitória mais curta de todos os actos eleitorais em que se envolveu, mas ainda assim confortável face à concorrência, que teve em João Noronha Lopes (34,71% dos votos) o perseguidor mais próximo (Rui Gomes da Silva terminou com 1,64%).

A espera foi longa até à divulgação dos resultados, porque a adesão ultrapassou todas as expectativas, com 38.102 votantes, um recorde absoluto (o máximo anterior era de 22.676, relativo a 2012). As urnas, que tinham aberto às 8h, deveriam ter encerrado às 22h, mas a longa fila de sócios que a essa hora ainda aguardava no exterior do pavilhão da Luz prolongou o acto eleitoral até às 2h00. E mesmo depois de se ter concluído a operação no núcleo central das assembleias, em Lisboa, ainda houve um período adicional de espera para se fechar o ciclo no Seixal.

Este será o sexto mandato de Luís Filipe Vieira à frente dos destinos do Benfica, com o dirigente de 71 anos a suplantar os adversários nas urnas em todos os escalões de voto e a reunir, no total, a preferência de cerca de 23.000 sócios, um número que, por si só, ultrapassa o anterior recorde de votantes de há oito anos, quando teve a oposição única de Rui Rangel.

Vieira, que assumiu o cargo pela primeira vez em 2003 e recentemente anunciou que este será o último mandato, assumiu a conquista de um título europeu como o grande objectivo para os próximos quatro anos, para além do triunfo nas competições domésticas. Foi para tentar concretizar esse desiderato que avalizou o reforço do plantel, com um investimento sem precedentes, próximo dos 100 milhões de euros, para a época 2020-21.

No discurso da tomada de posse, em pleno pavilhão da Luz, o dirigente, sorridente, começou por destacar a "maior manifestação eleitoral de um clube em Portugal”. “Nunca um clube fez o que o Benfica conseguiu hoje: ter o maior número de sócios a votar na história do clube é um orgulho. Os sócios decidiram: somos mais fortes juntos, somos mais fortes quando não nos dividimos. A partir de agora, não há vencedores nem vencidos. Espero que respeitem os resultados e que a partir de agora haja só um Benfica”.

Dirigindo críticas a alguns órgãos de informação ("o Benfica não é liderado pela comunicação social") e reforçando que os “encarnados” têm “há sete anos consecutivos contas positivas”, Luís Filipe Vieira confirmou que este será, efectivamente, o último mandato que cumprirá: “Será um mandato de continuidade, para reforçar o que de bom fizemos e para corrigir erros cometidos. Teremos quatro anos exigentes, em que seremos fortemente desafiados, mas sei que saberemos responder à altura da história do Benfica”.