Investigadora Cátia Tuna vence Prémio Fundação Mário Soares com tese sobre o fado

A tese Não sei se canto se rezo propôs-se estudar “o fado como oração ou reza, ‘analisando os elementos religiosos que lhe são reconhecíveis, nos discursos em que o fado se diz a si próprio, considerando-se oração e religião, e nas divergentes representações e opiniões que dele circulavam no espaço público’”.

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A tese de doutoramento em História Não sei se canto se rezo, de Cátia Sofia Ferreira Tuna, foi distinguida com o Prémio Fundação Mário Soares/Fundação EDP, divulgou esta quinta-feira a Fundação Mário Soares e Maria Barroso.

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A tese de doutoramento em História Não sei se canto se rezo, de Cátia Sofia Ferreira Tuna, foi distinguida com o Prémio Fundação Mário Soares/Fundação EDP, divulgou esta quinta-feira a Fundação Mário Soares e Maria Barroso.

A tese elaborada no âmbito do programa de doutoramento da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa “propôs-se estudar a nomeação do fado como oração ou reza, ‘analisando os elementos religiosos que lhe são reconhecíveis, nos discursos em que o fado se diz a si próprio, considerando-se oração e religião, e nas divergentes representações e opiniões que dele circulavam no espaço público'”, segundo comunicado da Fundação Mário Soares e Maria Barroso.

O prémio tem o valor pecuniário de cinco mil euros.

Além do prémio para a tese de Cátia Tuna, foram ainda atribuídas duas menções honrosas, ex-aequo, à tese, também de doutoramento em História, Desafios Coloniais na Construção do Sistema Internacional de Protecção dos Refugiados: Os Processos de Descolonização do Quénia, Argélia e Angola (1950-1975), de Ana Filipa dos Santos Guardião, defendida no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, e à dissertação de mestrado em Antropologia apresentada na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa com o título Homossexualidade e Resistência Durante a Ditadura Portuguesa: Estudos de Caso, de Raquel Afonso Louro.

O júri do galardão foi presidido pelo musicólogo Rui Vieira Nery e constituído por Bruno Sena Martins, investigador no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e por João Carlos Louçã, investigador no Instituto de História Contemporânea, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Esta é a 22.ª edição do Prémio que visa “galardoar autores de trabalhos académicos ou de investigação realizados no âmbito da História de Portugal do século XX”. O prémio e as menções honrosas serão entregues “em sessão pública que terá lugar nas instalações da Fundação, em Lisboa, durante a primeira quinzena de Dezembro, em dia e hora a fixar, e tendo em consideração a evolução da situação pandémica”, segundo a mesma fonte.