Qual é a receita para o acesso equitativo a uma vacina? Pelo menos cinco mil milhões de dólares até ao fim de 2021
Com a explosão de novos casos um pouco por todo o mundo, a vacina para a covid-19 é vista como a tábua de salvamento. Mas o processo depois do desenvolvimento da vacina é ainda longo e cheio de entraves. Especialmente para as economias mais frágeis, onde os sistemas de saúde são quase inexistentes. A logística, os conflitos armados e os muitos milhões que ainda falta juntar são um desafio para que um tratamento seja verdadeiramente global.
O resultado da terceira fase dos testes das vacinas mais promissoras para a covid-19 será conhecido nas próximas semanas. A maioria das vacinas que chegaram a esta fase teve origem em laboratórios de países ricos, como os EUA, o Reino Unido, ou foi desenvolvida em centros de investigação da União Europeia. O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) já publicou uma nota a reforçar a necessidade de uma futura vacinação em massa nos países europeus e a comunidade científica começa a projectar como será o acesso dos países mais pobres aos futuros fármacos. Serão precisos mais cinco mil milhões de dólares (42o0 milhões de euros) até final de 2021 para que a vacina chegue de forma equitativa a todos os países e os exemplos do passado, assim como os primeiros meses da pandemia, obrigam a cautelas.