Lucros do grupo Jerónimo Martins recuam 17,8% até Setembro

Grupo de distribuição, com actividade em Portugal, Polónia e Colômbia, aumentou vendas em 3,9% nos primeiros nove meses do ano

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Companhia é liderada por Pedro Soares dos Santos Rui Gaudenco

A sociedade Jerónimo Marins SGPS dona das cadeias Pingo Doce e Recheio, registou resultados líquidos, após interesses minoritários, de 219 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que representa uma quebra de 17,8% face a igual período de 2019.

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A sociedade Jerónimo Marins SGPS dona das cadeias Pingo Doce e Recheio, registou resultados líquidos, após interesses minoritários, de 219 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que representa uma quebra de 17,8% face a igual período de 2019.

No trimestre de Julho e Setembro, contudo, o grupo melhorou os lucros em 11,2%, para 115 milhões de euros.

Até Setembro, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) foi de 1,02 mil milhões de euros, menos 1,9% do que um ano antes. No período em análise, o cash flow operacional foi de 205 milhões, o que compara com os 356 milhões (menos 42%) do final do terceiro trimestre de 2019.

As vendas consolidadas nos vários mercados em que tem presença ascenderam a 14,19 mil milhões de euros entre Janeiro e Setembro deste ano, com um aumento de 3,9% face a igual período do ano passado.

O grupo de distribuição liderado por Pedro Soares dos Santos realizou vendas de 9,9 mil milhões de euros na Polónia com a rede Biedronka (mais 7,3%) e 2,84 mil milhões de euros na cadeia de supermercados Pingo Doce (menos 2,3%).

Em Portugal, foi a cadeia grossista Recheio a mais penalizada, fornecedora que é do canal Horeca – Hotéis, restaurantes e cafés, fortemente penalizado pela crise pandémica que se vive desde Março. Registou uma queda das receitas de 15,6%, para 639 milhões de euros.

A Ara, rede de unidades alimentares de proximidade na Colômbia, melhorou as vendas em 9,9%, para 615 milhões de euros.

Finalmente, a cadeia de farmácias e para-farmácias Hebe, localizada na Polónia, ficou praticamente nos mesmos 180 milhões de euros que facturara nos nove primeiros meses de 2019 (mais 0,1%).

O grupo retoma a declaração de investimento nas perspectivas para 2020, estimando agora que o valor ascenda a 450 milhões de euros este ano: são mais 100 unidades na rede polaca Biedronka (são actualmente 3047), mas 13 lojas Pingo Doce em Portugal (face às actuais 450) e cerca de 50 na Colômbia, sob a marca Ara (a somar às presentes 641).