Antônio Bispo dos Santos: “Contra-colonizar é contrariar e não sentir a dor que esperam que sinta”

Antônio Bispo dos Santos fala esta quarta-feira em streaming a partir do Quilombo Saco-Curtame, no Piauí, onde vive, a convite da Culturgest. É uma voz activa, poética e poderosa na defesa dos direitos dos quilombolas e da terra. Defende o contra-colonialismo como resposta ao domínio que ainda hoje persiste no Brasil, mas diz que não pensa sozinho, que é um relator de pensamentos e saberes.

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Antônio Bispo dos Santos defende o contra-colonialismo como resposta ao domínio que ainda hoje persiste no Brasil dr

Nascido em 1959, no Vale do Rio Berlengas, em Piauí, Antônio Bispo dos Santos é lavrador e morador no Quilombo Saco-Curtame. Autor do livro Colonização, Quilombos modos e significações (2015), é uma voz poderosa no Brasil pelos direitos dos quilombolas, moradores nos quilombos (lugares de refúgio de escravos). O primeiro da família da sua mãe a ter acesso à alfabetização, foi professor da disciplina Encontro de Saberes na Universidade de Brasília em 2012 e 2013 e é membro da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí (CECOQ/PI) e da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). A sua escrita poética e activista alia-se a uma crítica ao colonialismo à qual chama de contra-colonialista. Vai estar numa conversa online às 16h, a convite da Culturgest (o link está disponível no Facebook e YouTube da Culturgest). Conversámos no início da semana, por chamada vídeo, com o som dos pássaros como pano de fundo. 

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Nascido em 1959, no Vale do Rio Berlengas, em Piauí, Antônio Bispo dos Santos é lavrador e morador no Quilombo Saco-Curtame. Autor do livro Colonização, Quilombos modos e significações (2015), é uma voz poderosa no Brasil pelos direitos dos quilombolas, moradores nos quilombos (lugares de refúgio de escravos). O primeiro da família da sua mãe a ter acesso à alfabetização, foi professor da disciplina Encontro de Saberes na Universidade de Brasília em 2012 e 2013 e é membro da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí (CECOQ/PI) e da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). A sua escrita poética e activista alia-se a uma crítica ao colonialismo à qual chama de contra-colonialista. Vai estar numa conversa online às 16h, a convite da Culturgest (o link está disponível no Facebook e YouTube da Culturgest). Conversámos no início da semana, por chamada vídeo, com o som dos pássaros como pano de fundo.