Graça Freitas sobre Fórmula 1: “Responsabilidade última é minha, é vossa, é dos cidadãos”

Organização foi alvo de críticas pela falta de distanciamento entre espectadores.

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Grande Prémio ocorreu neste fim-de-semana em Portimão LUSA/Rudy Carezzevoli / Pool

Graça Freitas comentou, nesta segunda-feira na conferência de imprensa de balanço à evolução da pandemia em Portugal, o Grande Prémio de Fórmula 1, realizado neste fim-de-semana em Portimão. A directora-geral da Saúde assumiu que “houve coisas que correram bem e coisas que correram menos bem”, mas não entende que a situação tenha sido “catastrófica”.

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Graça Freitas comentou, nesta segunda-feira na conferência de imprensa de balanço à evolução da pandemia em Portugal, o Grande Prémio de Fórmula 1, realizado neste fim-de-semana em Portimão. A directora-geral da Saúde assumiu que “houve coisas que correram bem e coisas que correram menos bem”, mas não entende que a situação tenha sido “catastrófica”.

A directora-geral da Saúde criticou a organização do Grande Prémio, considerando que houve “alguma discrepância entre as recomendações [da DGS], a capacidade de organizar bem todas as bancadas e de fiscalização”. Ainda assim, “na maior parte das bancadas” houve respeito pelo distanciamento.

“Lições aprendidas para o futuro. Temos de, nos próximos tempos, restringir muito os eventos ou limitar o seu número”, afirmou, deixando um apelo: “A responsabilidade última é minha, é vossa, é dos cidadãos. Nós é que temos de ter cuidado a manter a distância”, apelou Graça Freitas. “Se há um autocolante a dizer numa cadeira para não se sentar, o ideal é que ninguém se sente”, exemplificou a responsável. 

Graça Freitas recordou que “experiências anteriores positivas” levaram à autorização do evento: “uma festa política que correu bem, uma manifestação religiosa e vários testes-piloto no futebol que correram bem — aliás, correram de forma exemplar”.

“Há uma co-responsabilidade que é nossa, enquanto cidadãos, alguma da organização e há alguma da DGS. Aprendemos que, de facto, se quisermos ter controlo sobre os imponderáveis das pessoas, teremos de ter menos gente nos eventos”, assumiu a directora-geral da Saúde.