Mulheres sem-abrigo não querem ser “invisíveis” — e estão a ganhar voz

Vivem em situação de sem-abrigo mas o facto de serem mulheres muda as suas trajectórias. Muitas permanecem excluídas dos dados nacionais. Carla não tem casa há oito anos e continua a sentir-se invisível, mas faz parte de um grupo de mulheres que quer mudar isso.

Foto
Carla Emídio luta por sair da rua e encontrar uma casa onde possa viver com o filho Nuno Ferreira Santos

Quarto, albergue, rua. É entre estes cenários que a vida de Carla Emídio tem oscilado nos últimos oito anos. Tudo “descambou” quando foi abandonada pelo companheiro e ficou sozinha a cuidar do filho. Meses depois perdeu o emprego e, mesmo aceitando “todos os trabalhos que apareciam”, acabou por ficar desempregada e sem conseguir pagar a renda, explica Carla, 47 anos. Procurou temporariamente abrigo em casa de conhecidos (há anos que não contava com o apoio da família), mas “chegou um dia em que dormir na rua era a única opção”, recorda.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Quarto, albergue, rua. É entre estes cenários que a vida de Carla Emídio tem oscilado nos últimos oito anos. Tudo “descambou” quando foi abandonada pelo companheiro e ficou sozinha a cuidar do filho. Meses depois perdeu o emprego e, mesmo aceitando “todos os trabalhos que apareciam”, acabou por ficar desempregada e sem conseguir pagar a renda, explica Carla, 47 anos. Procurou temporariamente abrigo em casa de conhecidos (há anos que não contava com o apoio da família), mas “chegou um dia em que dormir na rua era a única opção”, recorda.