Benfica vence Belenenses SAD com a cabeça na Europa

Este triunfo permite ao Benfica chegar aos 15 pontos na I Liga (mais cinco do que FC Porto e Sporting) e passar este teste sem grandes trabalhos, algo que pode ser uma boa notícia para o jogo europeu da próxima quinta-feira.

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“Waldschmidt & Núñez, Lda” não é uma empresa real, mas é uma sociedade que está a garantir que o Benfica não vacila neste início de temporada. Os “encarnados” venceram o Belenenses SAD por 2-0, nesta segunda-feira, num jogo em que a aliança germano-uruguaia, decisiva na segunda parte, voltou a juntar-se para decidir uma partida do Benfica.

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“Waldschmidt & Núñez, Lda” não é uma empresa real, mas é uma sociedade que está a garantir que o Benfica não vacila neste início de temporada. Os “encarnados” venceram o Belenenses SAD por 2-0, nesta segunda-feira, num jogo em que a aliança germano-uruguaia, decisiva na segunda parte, voltou a juntar-se para decidir uma partida do Benfica.

Este triunfo permite às “águias” chegarem aos 15 pontos na I Liga (mais cinco do que FC Porto e Sporting) e passarem este teste sem grandes trabalhos – com três jogos em oito dias, a equipa, que esteve longe de ser brilhante, venceu em clara gestão física, algo que pode ser uma boa notícia para o jogo europeu da próxima quinta-feira.

No Estádio da Luz, a primeira parte começou por ser um jogo rico e entusiasmante, mas rapidamente se tornou enfadonho. O Benfica entrou forte na partida e insistiu numa fórmula já habitual: criar superioridade numérica nos corredores, juntando vários jogadores num curto espaço de terreno. Grimaldo e Everton foram tendo aproximações de Taarabt, Rafa, Darwin Núñez ou Seferovic e os desequilíbrios eram causados desta forma.

Aos 6’, uma destas combinações curtas deu espaço a Grimaldo para cruzar e Seferovic finalizou de cabeça, ao segundo poste. Tudo parecia fácil, com o Belenenses SAD a dar pouca réplica e o Benfica, muito móvel, a somar aproximações à área – Everton falhou isolado aos 9’ e Seferovic de cabeça aos 10’.

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Outra dinâmica interessante foi a presença de Rafa muito por zonas interiores, algo possivelmente relacionado com a ausência de Gabriel. O brasileiro insiste muito no passe longo, vertente que domina, mas, com Weigl, pede-se mais bola no pé do que jogo “esticado” para os corredores. E Rafa, adaptando-se a isso, pediu muitas vezes a bola entre linhas, criando desequilíbrios.

Mas tudo isto foi esmorecendo. A partir dos 15/20 minutos o Benfica tornou-se mais lento e desinteressado do jogo – cabeça na Europa e crença de que a partida se resolveria? – e só a mobilidade de Darwin permitiu aos “encarnados” atacarem – muitas jogadas individuais do possante uruguaio.

E o jogo foi caminhando lentamente para o intervalo, com o único motivo de interesse a sair de um golo anulado a Varela, por fora-de-jogo, aos 36’, numa das poucas vezes em que o Belenenses SAD deixou de ser inofensivo – algo que entronca no dado que diz que os “azuis” são a equipa que menos remata na I Liga.

O intervalo nada fez ao Benfica, que regressou incapaz de jogar com qualidade, e Jorge Jesus viu-se obrigado a mexer na equipa ainda antes da hora de jogo. E as entradas de Pizzi e Waldschmidt, sobretudo este último, trouxeram mais dinâmica e velocidade a um Benfica adormecido.

A equipa não foi tão asfixiante como nos primeiros 15 minutos da partida, mas conseguiu criar bons lances aos 63’ – Waldschmidt, lançado por Everton, atirou ao lado –, aos 65’ – Darwin viu um golo ser-lhe invalidado, após passe de Waldschmidt – e aos 69’ – Darwin, lançado por Rafa, permitiu a defesa a André Moreira.

E estes avisos foram o prelúdio do que veio a seguir. Waldschmidt, que em 20 minutos revolucionou o futebol ofensivo do Benfica, pediu a bola entre linhas e soltou Darwin. O uruguaio correu, driblou André Moreira e finalizou sem guarda-redes na baliza.

A vantagem de dois golos foi o tónico necessário para o Benfica voltar a pensar na Liga Europa. Frente a um Belenenses SAD inofensivo, não houve motivo para os “encarnados” quererem mais deste jogo. E pouco mais se passou na Luz.