“Vamos sentir durante muitos anos a falta de assistência a doentes não-covid”

A falta de profissionais de saúde em número suficiente para fazer face aos desafios na saúde, em actividades que digam respeito à covid e fora do âmbito da pandemia, é um problema apontado por muitos responsáveis.

Foto
Adriano Miranda

Na semana em que os casos de covid-19 dispararam e os primeiros efeitos se começaram a fazer sentir nos hospitais, escolhemos nove unidades de saúde e fomos falar com quem precisou de lá ir por razões que nada têm a ver com a pandemia. Nuns casos encontrámos filas na rua, salas de espera cheias, queixas de consultas e cirurgias adiadas uma, duas, três vezes... Noutros casos elogios à organização, ao cumprimento de horários de consultas e ao esforço para se recuperar o que ficou atrasado. Mas Noel Carrilho, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), não tem dúvidas. “Vamos sentir durante muitos meses, possivelmente muitos anos, a falta de assistência a doentes não covid. Estas consequências vão perseguir-nos.” 

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Na semana em que os casos de covid-19 dispararam e os primeiros efeitos se começaram a fazer sentir nos hospitais, escolhemos nove unidades de saúde e fomos falar com quem precisou de lá ir por razões que nada têm a ver com a pandemia. Nuns casos encontrámos filas na rua, salas de espera cheias, queixas de consultas e cirurgias adiadas uma, duas, três vezes... Noutros casos elogios à organização, ao cumprimento de horários de consultas e ao esforço para se recuperar o que ficou atrasado. Mas Noel Carrilho, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), não tem dúvidas. “Vamos sentir durante muitos meses, possivelmente muitos anos, a falta de assistência a doentes não covid. Estas consequências vão perseguir-nos.”