Esgaio decidiu derby minhoto em tons de vermelho
O Sp. Braga travou a recuperação do Vitória num jogo de duas caras e três expulsões, a estragar um jogo aliciante.
A primeira parte do jogo que agitou o Minho, na 5.ª jornada da Liga, mostrou um Sp. Braga mais adiantado e rotinado nos processos de jogo, mais perigoso, a impor o ritmo e a obrigar o Vitória a desmultiplicar-se para tapar os caminhos a Galeno. Mas o extremo brasileiro voltou a provar estar num momento de forma e inspiração invejável, assumindo os duelos individuais, como no lance que resultou no golo de Ricardo Esgaio. Um golo que ditou o triunfo dos bracarenses no Estádio D. Afonso Henriques (0-1).
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A primeira parte do jogo que agitou o Minho, na 5.ª jornada da Liga, mostrou um Sp. Braga mais adiantado e rotinado nos processos de jogo, mais perigoso, a impor o ritmo e a obrigar o Vitória a desmultiplicar-se para tapar os caminhos a Galeno. Mas o extremo brasileiro voltou a provar estar num momento de forma e inspiração invejável, assumindo os duelos individuais, como no lance que resultou no golo de Ricardo Esgaio. Um golo que ditou o triunfo dos bracarenses no Estádio D. Afonso Henriques (0-1).
De resto, o resultado, alcançado aos 27’, só não sofreu alteração até ao descanso porque Galeno falhou por centímetros o segundo golo dos “guerreiros”, num remate de primeira a mostrar a confiança.
Aproveitou o Vitória para se reestruturar, surgindo para a segunda parte com uma atitude e capacidade associativa que colocaram o Sp. Braga em dificuldades pela primeira vez. Faltou, contudo, o instinto capaz de consubstanciar esse crescimento no jogo. Ricardo Quaresma foi disso exemplo ao falhar diante de Matheus (64’), numa finalização brutal a que faltou melhor direcção. Uma acção a merecer resposta imediata de Galeno, que optou por colocar o remate ao segundo poste quando tinha Paulinho à espera do passe, perdendo-se o ensejo de amordaçar os vimaranenses.
O resultado continuava aberto, mas Carlos Carvalhal arriscava em prol dos compromissos europeus, com uma viagem à Ucrânia, para defrontar o Zorya, no horizonte.
A gestão do esforço subtraiu Paulinho e Castro a um jogo que tinha ainda cerca de 20 minutos pela frente. Mas o pior da noite estava reservado para os últimos dez, com três expulsões de rajada. David Carmo teve uma entrada ríspida, aos 82’, e Suliman incendiou a noite. Num misto de agarrões e tentativas de agressão, o Sp. Braga ficou sem o central e sem Fransérgio, enquanto o Vitória perdeu Jorge Fernandes. O videoárbitro ajudou a expulsar Fransérgio, depois de Fábio Veríssimo ter optado por uma espécie de justiça salomónica a olho, com Suliman a escapar com um amarelo.
Ao contrário do que seria expectável, porém, o Vitória não beneficiou desta purga e foi o Sp. Braga, reduzido a nove, a perder a grande oportunidade da segunda parte, com Schettine, isolado, a falhar o 0-2. Nada que tivesse comprometido a subida dos bracarenses ao quarto lugar.