O acto de resistência dos Deftones, contra a polarização

A ideia de forças opostas em tensão dá a faísca para um disco tão belo quando bruto, o nono do quinteto californiano de metal alternativo.

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A assinatura musical dos Deftones é um braço-de-ferro permanente entre beleza e força bruta Avalon/Nikolaj Bransholm/Universal Images Group via Getty Images

As datas redondas parecem mais propensas à reflexão, às constatações amparadas pela clareza da distância. Passaram 20 anos desde White Pony, o disco que pôs os Deftones no mainstream do rock pesado, ainda que indevidamente arrumados na gaveta do nu-metal. E White Pony passa com distinção no teste do tempo — enquanto põe em ainda maior contraste o absurdo de juntar o quinteto californiano no mesmo saco que Papa Roach, Limp Bizkit ou Linkin Park. “Nessa altura, o queixume era algo muito popular na música”, comenta Chino Moreno, numa entrevista à revista britânica NME. “Eu queria antes escrever acerca de coisas sobre as quais se pudesse desenvolver, imaginar, pintar quadros.”

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As datas redondas parecem mais propensas à reflexão, às constatações amparadas pela clareza da distância. Passaram 20 anos desde White Pony, o disco que pôs os Deftones no mainstream do rock pesado, ainda que indevidamente arrumados na gaveta do nu-metal. E White Pony passa com distinção no teste do tempo — enquanto põe em ainda maior contraste o absurdo de juntar o quinteto californiano no mesmo saco que Papa Roach, Limp Bizkit ou Linkin Park. “Nessa altura, o queixume era algo muito popular na música”, comenta Chino Moreno, numa entrevista à revista britânica NME. “Eu queria antes escrever acerca de coisas sobre as quais se pudesse desenvolver, imaginar, pintar quadros.”