Pode a América voltar a ser a América aos olhos do mundo?
Não vale a pena alimentar a ilusão de que a relação da América com o mundo vai regressar ao ponto em que estava antes de Trump. “Não há bilhete de regresso ao mundo antes de Donald Trump”.
1. Uma das raras coisas normais nas eleições presidenciais americanas é o facto de quase ninguém mencionar a política externa. E, no entanto, para o resto do mundo, o seu resultado será “o mais pesado de consequências da história recente”. A afirmação de Julian Borger, analista do Guardian britânico, talvez não seja tão exagerada quanto parece. As eleições presidenciais americanas têm sempre um forte impacte global porque os Estados Unidos continuam a ser o país mais poderoso do mundo. Desta vez, soma-se uma outra razão. Talvez nunca tenham sido tão distintas as visões dos dois candidatos sobre a relação da América com o mundo. O primeiro mandato de Donald Trump conseguiu pôr fim ao habitual consenso bipartidário no domínio da política externa com que o resto do mundo podia contar.
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1. Uma das raras coisas normais nas eleições presidenciais americanas é o facto de quase ninguém mencionar a política externa. E, no entanto, para o resto do mundo, o seu resultado será “o mais pesado de consequências da história recente”. A afirmação de Julian Borger, analista do Guardian britânico, talvez não seja tão exagerada quanto parece. As eleições presidenciais americanas têm sempre um forte impacte global porque os Estados Unidos continuam a ser o país mais poderoso do mundo. Desta vez, soma-se uma outra razão. Talvez nunca tenham sido tão distintas as visões dos dois candidatos sobre a relação da América com o mundo. O primeiro mandato de Donald Trump conseguiu pôr fim ao habitual consenso bipartidário no domínio da política externa com que o resto do mundo podia contar.