Porto: habitação acessível no Monte da Bela entra em discussão pública
Projecto da Câmara do Porto prevê criação de 244 fogos e uma zona de serviços, comércio e equipamentos na área do antigo bairro de São Vicente de Paulo, em Campanhã
O projecto de loteamento do Monte da Bela, em Campanhã, vai entrar em período de consulta pública, depois de o executivo camarário votar essa proposta na reunião de câmara da próxima segunda-feira.
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O projecto de loteamento do Monte da Bela, em Campanhã, vai entrar em período de consulta pública, depois de o executivo camarário votar essa proposta na reunião de câmara da próxima segunda-feira.
No terreno do antigo bairro de São Vicente de Paulo, demolido há mais de uma década, a Câmara do Porto vai construir 244 fogos, distribuídos em 13 lotes, destinados a habitação a preços acessíveis. O projecto, integrado numa área com mais de 28 mil metros quadrados, reserva ainda um lote para comércio, serviços e equipamentos – e é aí que deverá ficar uma esquadra da PSP.
“Um dos maiores desafios com que o Porto se irá debater nas próximas décadas é o demográfico, sendo fundamental que a cidade estanque a quebra populacional que se verifica desde a década de 80”, assinala a proposta do vereador Pedro Baganha, destacando que apesar da “possibilidade de se estar a inverter essa tendência”, a criação de aplicação de “mecanismos de fixação de população jovem, designadamente de famílias em idade reprodutiva” é imperativa.
A dificuldade da classe média em conseguir morar no Porto corresponde a uma “falha no mercado habitacional”, considera o executivo de Rui Moreira, e o projecto do Monte da Bela – tal como o de Monte Pedral, de Lordelo e alguns no centro histórico – é uma tentativa de a colmatar.
Depois de aprovada, a proposta será publicada em Diário da República e estará em discussão pública por 15 dias.
Aprovada a proposta, a operação de loteamento do projecto do Monte da Bela será entrará em discussão pública por um período de 15 dias, após publicação em Diário da República.