Moncorvo quer construir “a maior ponte pedonal do mundo” sobre o rio Douro
O objectivo passa por ligar o concelho ao Museu do Côa, unindo as duas margens do rio Douro, com aquela que passaria a ser “a maior ponte pedonal suspensa do mundo”, com um vão de cerca de 750 metros, destronando Arouca.
Um dia depois de o município de Arouca anunciar o tarifário da novíssima Ponte 516 Arouca, anunciada como a “maior ponte suspensa do mundo” graças ao vão de 516 metros que dá nome à estrutura, ainda sem data de abertura ao público definida, eis que Torre de Moncorvo se lança na corrida ao recorde de ponte pedonal suspensa mais alta do planeta, revelando esta quinta-feira que pretende construir uma estrutura semelhante, com um vão de 750 metros, para ligar o concelho ao Museu do Côa, localizado na outra margem do Douro.
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Um dia depois de o município de Arouca anunciar o tarifário da novíssima Ponte 516 Arouca, anunciada como a “maior ponte suspensa do mundo” graças ao vão de 516 metros que dá nome à estrutura, ainda sem data de abertura ao público definida, eis que Torre de Moncorvo se lança na corrida ao recorde de ponte pedonal suspensa mais alta do planeta, revelando esta quinta-feira que pretende construir uma estrutura semelhante, com um vão de 750 metros, para ligar o concelho ao Museu do Côa, localizado na outra margem do Douro.
“Para a execução deste projecto prevê-se um investimento de três milhões de euros, sendo que o município de Torre de Moncorvo irá apresentar o projecto a várias entidades nacionais e regionais para que sejam parceiras neste investimento”, indicou a autarquia em comunicado.
O município deixou a garantia de que dispõe de um projecto que pretende ligar as duas margens do rio Douro, entre o Museu do Côa, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, distrito da Guarda, e o Alto da Barca, no Peredo dos Castelhanos, em Torre de Moncorvo, “através de uma ponte pedonal que será a maior ponte pedonal suspensa do mundo”, com um vão de cerca de 750 metros.
O presidente da câmara de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, citado no comunicado, indicou que o objectivo deste projecto, ao unir estas duas margens do Douro, é entrar “no coração de algo que é privilegiado, o Douro, o Côa, com uma ligação ao Parque Arqueológico do Vale Côa (PACV) e ao Alto Douro Vinhateiro (ADV)”, ambos classificados como Património Mundial pela UNESCO.
“Sempre foi uma política do executivo pensar desta forma”, vincou o autarca. “O turismo que chega ao Porto tem que vir por esse rio, cá para cima. E também vimos que o turista fica um dia em Torre de Moncorvo.” A ideia, aponta, é que a nova ponte seja mais um atractivo no concelho e que incentive o visitante a ficar “pelo menos duas noites”.
Para o também presidente da Associação de Municípios do Douro Superior, “é preciso criar ofertas, não só através dos produtos endógenos, não só a gastronomia que é por de mais conhecida, mas também de um turismo activo”.
Segundo aquele responsável, o projecto prevê ainda a construção de uma rede de passadiços e caminhos pedonais que interliguem os principais pontos de interesse, a pavimentação de caminhos públicos rodoviários de acesso à ponte pedonal e miradouros, bem como a construção de uma nova ponte rodoviária sobre a ribeira do Arroio.
“Com todo este projecto, que queremos apresentar publicamente, pretendemos fazer com que as entidades nacionais sejam parceiras neste investimento e demonstrar que temos todas as capacidades e tudo o que é necessário para um projecto de sucesso, e, portanto, é mais uma resposta para aqueles que lançam o desafio aos territórios de baixa densidade”, acrescenta.
Para o representante da empresa projectista, Armindo Rodrigues, também citado no comunicado, não se deve falar apenas no âmbito do interesse local do concelho de Moncorvo, mas de “dois concelhos que são duas regiões distintas, a região de Bragança e a região da Guarda”.
Este projecto também tem “impacto no panorama internacional, porque se Guarda e Bragança ficam unidas por mais um ponto, que não é um ponto qualquer, estamos a falar de uma ponte suspensa com o maior vão do mundo, na ordem dos 750 metros, que tem um impacto a nível turístico forte”, concluiu Armindo Rodrigues.