Pai de Rosa Grilo constituído arguido em processo de manipulação de prova
Américo Pina está indiciado dos crimes de posse de arma proibida, favorecimento pessoal, posse de arma proibida e simulação de crime.
Américo Pina, pai de Rosa Grilo, foi esta quarta-feira constituído arguido num segundo processo relacionado com a morte do triatleta Luís Grilo.
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Américo Pina, pai de Rosa Grilo, foi esta quarta-feira constituído arguido num segundo processo relacionado com a morte do triatleta Luís Grilo.
A notícia foi confirmada ao PÚBLICO por fonte próxima do processo, que adiantou que o pai de Rosa Grilo está indiciado dos crimes de posse de arma proibida, favorecimento pessoal, posse de arma proibida e simulação de crime.
Este processo, paralelo ao inicial que investiga responsabilidades na morte de Luís Grilo, prende-se com a alegada manipulação de provas no local onde o Ministério Público diz que o triatleta terá sido assassinado pela então esposa, Rosa Grilo, e pelo amante desta, António Joaquim.
São arguidos neste segundo processo o consultor e ex-inspetor da Polícia Judiciária (PJ), João de Sousa, e a advogada de Rosa Grilo, Tânia Reis. Estes dois intervenientes – que compõem a defesa de Rosa Grilo no processo do homicídio de Luís Grilo – são suspeitos de terem “plantado” uma bala na banheira da casa de banho na casa onde vivia o casal, nas Cachoeiras, em Vila Franca de Xira.
Em declarações ao PÚBLICO, João de Sousa diz que já tinha pedido “há três meses” para ser constituído arguido neste processo, reiterando que é “um atentado ao regime democrático” a constituição da advogada de Rosa Grilo como arguida. “A minha surpresa não é o pai ser constituído arguido, até porque ele tinha acesso à casa. A minha indignação prende-se com a advogada, ao abrigo do dever de patrocínio, ser constituída arguida”, refere o antigo inspector da PJ.
Rosa Grilo foi condenada a pena máxima pela morte do marido. António Joaquim permanece em liberdade, depois do Tribunal da Relação ter revertido a decisão de primeira instância de absolvição e de o ter condenado a uma pena de 25 anos de prisão pelo homicídio do triatleta Luís Grilo.