Ninhadas de linces do Vale do Guadiana estão a gerar mais crias
Os dados do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas dão conta de que das 13 ninhadas referenciadas, três geraram cinco crias cada uma, quando anteriormente o máximo registado foi de quatro crias por ninhada.
A taxa de nascimentos na população de linces ibéricos do Vale do Guadiana é a mais elevada da Península Ibérica, segundo os resultados dos censos 2019 divulgados esta terça-feira pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
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A taxa de nascimentos na população de linces ibéricos do Vale do Guadiana é a mais elevada da Península Ibérica, segundo os resultados dos censos 2019 divulgados esta terça-feira pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
Os resultados indicam que a taxa de nascimentos (taxa de produtividade) no Vale do Guadiana é a mais elevada na península, sublinhando que, em 2019, das 13 ninhadas referenciadas, três geraram cinco crias cada uma, quando anteriormente o máximo registado foi de quatro crias por ninhada.
O ICNF adianta que esta taxa de nascimentos é “reveladora de abundância de alimento, de disponibilidade e adequabilidade de habitat e de tranquilidade proporcionada pelos proprietários e gestores do território, além de aceitação pela população residente”.
Os resultados dos censos revelam também que a população de linces ibéricos no Vale do Guadiana atingiu, no final de 2019, um total de 107 exemplares, dos quais 61 são adultos com mais de um ano e 46 crias nascidas na primavera do ano passado, a partir de 13 fêmeas reprodutoras, de entre um total de 27 fêmeas referenciadas.
Os machos adultos ou sub-adultos atingiram um total de 34 exemplares, precisa o ICNF.
A população do lince ibérico foi reintroduzida no Vale do Guadiana a partir de 2015, no âmbito do projecto ibérico LIFE+Iberlince. Durante o ano de 2019, a área ocupada ou utilizada pelos linces sofreu um acréscimo significativo, tendo ultrapassado os 300 quilómetros quadrados, agrupados em quatro núcleos que se distribuem pelos territórios de Serpa, Mértola, Castro Verde e Alcoutim.
O ICNF informa que estes dados resultam de um trabalho exigente de monitorização realizado pelos elementos do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo, do ICNF, com recurso a técnicas inovadoras de seguimento e detecção por telemetria e através de foto-armadilhagem. Parte do trabalho foi realizado de modo articulado entre Portugal e Espanha.