Antigo quarteirão do BPI na Baixa de Lisboa vai ser hotel de luxo

Cadeia norte-americana Hyatt anunciou o segundo hotel na capital portuguesa, com abertura prevista para 2024.

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Um quarteirão com cinco prédios na Baixa de Lisboa vai ser transformado num hotel de luxo da cadeia Hyatt. O estabelecimento, com abertura ao público prevista para 2024, ocupará as antigas instalações do BPI, que em 2018 vendeu os imóveis a um fundo de investimento.

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Um quarteirão com cinco prédios na Baixa de Lisboa vai ser transformado num hotel de luxo da cadeia Hyatt. O estabelecimento, com abertura ao público prevista para 2024, ocupará as antigas instalações do BPI, que em 2018 vendeu os imóveis a um fundo de investimento.

O futuro hotel assumirá a marca Andaz Lisboa, terá 169 quartos num dos edifícios e suítes nos restantes quatro, anunciou esta segunda-feira a Hyatt em comunicado. Este será o segundo hotel desta cadeia hoteleira norte-americana em Lisboa, uma vez que está em construção um outro, em Belém, com abertura marcada para 2022.

O antigo quarteirão do BPI tem 11 mil metros quadrados de área bruta de construção e fica entre a Rua Augusta, a Rua do Ouro, a Rua do Comércio e a Rua de São Julião. Foi vendido em 2018, por 66 milhões de euros, a um fundo de investimentos imobiliários alemão.

Nesse mesmo ano o BCP alienou um edifício da Baixa ao grupo hoteleiro Sana e a Caixa Geral de Depósitos faria o mesmo, alguns meses depois, também ao Sana – consolidando assim a quase total saída da banca do centro histórico de Lisboa.

A arquitectura do futuro hotel estará a cargo de Andreas Mörschel e de Pedro Reis, enquanto o design de interiores será responsabilidade da Bastir Interior Design. Além de quartos e suítes, o edifício contará com restaurante, bar, spa e centro de fitness, refere o comunicado.

Nos últimos cinco anos, a Baixa transformou-se num dos principais centros de alojamento turístico de Lisboa e reduziu-se muito a centralidade empresarial e de serviços que durante décadas caracterizou o bairro. Em 2018, uma análise do PÚBLICO revelou a existência de 102 hotéis e estabelecimentos de alojamento local, o que correspondia a quase 4000 camas.

Estes números, que já estão desactualizados porque abriram entretanto mais hotéis e hostels, deverão continuar a aumentar nos próximos anos. Já este ano, antes de a covid-19 chegar a Portugal e quase paralisar o sector turístico, o grupo israelita Fattal anunciou a instalação de um hotel com 130 quartos no antigo convento Corpus Christi, na Rua dos Fanqueiros.