Estados Unidos da América, crónica de uma (des)união

“Mito”, “acidente histórico”, território multicultural unido por uma Constituição, os Estados Unidos da América olham para dentro e deparam-se com um estado de desunião revelador de grandes diferenças. Muitas existem desde a fundação, outras revelam-se na actual crise. Quantas Américas há na América em véspera das presidenciais de 2020?

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REUTERS/Dustin Chambers

No Verão de 2018, o cómico Sacha Baron Cohen criou uma série televisiva de sátira política com o título Who Is America? A premissa era explorar a diversidade de indivíduos, “desde os infames aos desconhecidos, em todo o espectro político e cultural, que povoam a nossa nação única”. Durante um mês, Sacha Cohen interpretou um radical de direita e teórico da conspiração; um académico progressista especializado em estudos de género; um britânico ex-condenado, recém-saído da prisão onde, com grande escassez de recursos, se dedicou à arte e à culinária; um israelita, ex-membro do Exército de Israel e da Mossad, perito em antiterrorismo que defende as armas nas escolas, incluindo jardins-de-infância; um playboy italiano, milionário e fotógrafo de moda; e, por fim, um jovem youtuber finlandês, coleccionador de brinquedos que entrevista pessoas fazendo comentários que o identificam como simpatizante do fascismo.

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No Verão de 2018, o cómico Sacha Baron Cohen criou uma série televisiva de sátira política com o título Who Is America? A premissa era explorar a diversidade de indivíduos, “desde os infames aos desconhecidos, em todo o espectro político e cultural, que povoam a nossa nação única”. Durante um mês, Sacha Cohen interpretou um radical de direita e teórico da conspiração; um académico progressista especializado em estudos de género; um britânico ex-condenado, recém-saído da prisão onde, com grande escassez de recursos, se dedicou à arte e à culinária; um israelita, ex-membro do Exército de Israel e da Mossad, perito em antiterrorismo que defende as armas nas escolas, incluindo jardins-de-infância; um playboy italiano, milionário e fotógrafo de moda; e, por fim, um jovem youtuber finlandês, coleccionador de brinquedos que entrevista pessoas fazendo comentários que o identificam como simpatizante do fascismo.