Fórmula 1 no Algarve vai ter menos público do que o previsto
O director do Autódromo Internacional do Algarve diz que ainda aguarda pela decisão final da DGS sobre quantas pessoas poderão assistir à prova do próximo semana, mas o limite deverá situar-se nos 27.500 espectadores. Há bilhetes a ser devolvidos.
O Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1 (F1), que vai decorrer no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, entre a próxima sexta-feira e domingo, vai ter menos público do que aquele que estava inicialmente previsto, mas Paulo Pinheiro, director desta estrutura, diz aguardar ainda a decisão final da Direcção-Geral de Saúde (DGS) sobre quantas pessoas poderão estar no recinto, embora admita que possam não ser mais de 27.500 espectadores. “É o evento da minha vida. Custa muito, muito vermos isto acontecer a esta oportunidade de ouro e é um sufoco até à última hora”, disse ao PÚBLICO.
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O Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1 (F1), que vai decorrer no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, entre a próxima sexta-feira e domingo, vai ter menos público do que aquele que estava inicialmente previsto, mas Paulo Pinheiro, director desta estrutura, diz aguardar ainda a decisão final da Direcção-Geral de Saúde (DGS) sobre quantas pessoas poderão estar no recinto, embora admita que possam não ser mais de 27.500 espectadores. “É o evento da minha vida. Custa muito, muito vermos isto acontecer a esta oportunidade de ouro e é um sufoco até à última hora”, disse ao PÚBLICO.
Por causa da pandemia da covid-19, e desde o momento que se decidiu que a prova iria ter público nas bancadas, sempre se soube que a capacidade para 90 mil pessoas do AIA nunca seria esgotada, mas a perspectiva dos responsáveis do espaço era que pelo menos 40% da lotação pudesse ser ocupada e, até ao momento, já foram vendidos cerca de 30 mil bilhetes.
Só que o aumento de infectados por covid-19 - com o país a assistir, na última semana, a vários dias em que houve mais de duas mil infecções diárias -, levou a DGS a repensar o número de espectadores presentes em eventos desportivos, como a prova de F1 e também a de MotoGP, prevista para o mesmo local entre 20 e 22 Novembro. Isso mesmo confirmou a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, na conferência de imprensa da passada sexta-feira, ao afirmar que a DGS “está a rever a programação [destas provas] em termos de público”.
Paulo Pinheiro confirma que têm existido contactos com a DGS com vista à redução de público na prova do próximo fim-de-semana, e confirmou à Lusa a informação avançada pela TSF de que não poderão estar no AIA mais de 27.500 espectadores, mas ao PÚBLICO não quis adiantar números concretos. “Isso é uma suposição, com base nas conversas que houve com as autoridades de saúde, mas ainda não sabemos. Podem ser 25 mil ou 30 mil espectadores. Estamos à espera de uma confirmação oficial”, disse.
Certo é que já foram vendidos cerca de 30 mil bilhetes, mas também é verdade, diz o responsável do AIA, que tem havido “muitos pedidos de anulação de estrangeiros que não conseguem viajar”. Se, mesmo com as devoluções, o número estipulado pela DGS for inferior às entradas vendidas, haverá pessoas com bilhete que não poderão estar no autódromo. Como será feita a selecção de quem fica de fora é algo que Paulo Pinheiro ainda não consegue definir. “Não faço ideia, só com a informação final é que conseguimos trabalhar”, diz. Mas, de uma coisa não tem dúvidas: “No limite, teremos de devolver o dinheiro às pessoas.”
Sem dormir “há três dias”, como confessa, Paulo Pinheiro diz ter “a certeza absoluta” de que o evento irá decorrer de forma segura. “Não nos proporíamos a ter público se não tivéssemos essa certeza. Foram três meses a trabalhar incessantemente, com muito trabalho técnico, e achamos realmente que pensámos em tudo. Fizemos tudo o que é humanamente possível, mas não sou eu que decido, tenho que me limitar a seguir as indicações das autoridades de saúde”, diz.
E isso, garante, será feito, ainda que não esconda o desapontamento. “É muito, muito triste estarmos dependentes de situações que não controlamos, sobretudo porque no Algarve, mesmo com os turistas, a situação [da covid-19] sempre esteve muito controlada”, diz.
Segundo o boletim deste domingo da DGS, que deu conta de mais 1856 novos casos de infecção por covid-19 nas últimas 24 horas em todo o país, apenas 28 se registaram no Algarve. A região teve, até à data, 2199 casos confirmados e 22 óbitos, nenhum no último dia.