Disparam as reclamações sobre entregas de comida ao domicílio
Houve quase duas mil entre Março e Setembro. Número de reclamações subiu 300% em relação a igual período do ano passado.
Quando a covid-19 começou a fechar os portugueses em casa, o aumento de pedidos de entrega de refeições ao domicílio, com recurso às plataformas electrónicas, disparou, mas o mesmo aconteceu com o número de reclamações. Entre Março e Setembro, o Portal da Queixa registou quase duas mil reclamações de pessoas descontentes com o serviço, o que representa um aumento de 300% em relação ao mesmo período do ano passado.
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Quando a covid-19 começou a fechar os portugueses em casa, o aumento de pedidos de entrega de refeições ao domicílio, com recurso às plataformas electrónicas, disparou, mas o mesmo aconteceu com o número de reclamações. Entre Março e Setembro, o Portal da Queixa registou quase duas mil reclamações de pessoas descontentes com o serviço, o que representa um aumento de 300% em relação ao mesmo período do ano passado.
A notícia está na capa do Jornal de Notícias desta sexta-feira e tem por base as queixas apresentadas junto do site onde qualquer pessoa pode apresentar uma reclamação por serviços prestados, sejam de ordem pública ou privada.
Segundo os dados recolhidos pelo diário, houve um “aumento exponencial” no recurso à entrega de refeições ao domicílio (só no Porto o aumento de pedidos chegou aos 1700%), a que as plataformas dedicadas a este serviço não conseguiram responder com a qualidade equivalente – mesmo que tenha havido também um enorme aumento do número de pessoas a realizar esta actividade.
O JN refere que o maior alvo das queixas é a UberEats, que congrega 78% das reclamações, seguindo-se a Glovo, com 21% das queixas.
Há consumidores que dizem ter ficado sem dinheiro e sem refeição e outros que reclamam pela demora na resolução de conflitos com estas plataformas, nomeadamente quando é pedido o reembolso. Entre os restaurantes que trabalham com estas plataformas digitais, também há quem se queixe, sobretudo pela demora dos estafetas em recolher os pedidos ou de alguns quem nem chegam a aparecer para o fazer.
O diário não conseguiu contactar a primeira plataforma, mas um responsável da Glovo desvalorizou as reclamações, indicando que, no universo do trabalho desenvolvido, elas representam “menos de 0,01% das entregas feitas”.