Empresa cria golfinho robô para substituir animais em cativeiro

Uma empresa americana quer criar mais animais mecânicos para substituir os cerca de três mil golfinhos que vivem em cativeiro em oceanários e jardins zoológicos. O robô criado pela Edge Innovations custa entre 3 a 5 milhões de dólares.

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O cativeiro de animais selvagens, em jardins zoológicos e oceanários, motiva todos os anos protestos e reclamações de inúmeros cidadãos e associações de defesa dos animais. Em vários países europeus, já é proibido utilizar animais selvagens em circos. Mas uma empresa americana acredita que deu um passo em frente para encontrar uma solução para continuar a apresentar animais realistas ao público.

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O cativeiro de animais selvagens, em jardins zoológicos e oceanários, motiva todos os anos protestos e reclamações de inúmeros cidadãos e associações de defesa dos animais. Em vários países europeus, já é proibido utilizar animais selvagens em circos. Mas uma empresa americana acredita que deu um passo em frente para encontrar uma solução para continuar a apresentar animais realistas ao público.

A Edge Innovations criou um golfinho robótico, que salta como um golfinho real, nada como um golfinho real e parece um golfinho real. Ao lado do tanque, uma senhora disse à Reuters que lhe pareceu que o “animal era verdadeiro”.

O golfinho robô pode custar entre 3 a 5 milhões de dólares. A empresa de engenharia, que se especializa em efeitos especiais para os grandes filmes de Hollywood, espera que os animais mecânicos possam substituir os animais verdadeiros que residem em cativeiro, promovendo parques mais sustentáveis.

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Golfinho criado pela Edge pesa 250 quilos e tem 2,5 metros de comprimento Nathan Frandino/Reuters

“Há cerca de 3 mil golfinhos em cativeiro a serem usados para gerar milhares de milhões de dólares só para ter a experiência dos golfinhos. E há obviamente um apetite para amar e aprender com os golfinhos”, disse à Reuters o CEO e fundador da Edge Innovations, Walt Conti.

Em cima da mesa está também a inclusão de tubarões brancos e dinossauros marinhos, que ocuparam os mares há milhões de anos, para criar uma nova indústria de entretenimento à base da biodiversidade simulada.

O golfinho mecânico, que está na sede da empresa em Hayward, no estado da Califórnia, pesa cerca de 250 quilos e tem 2,5 metros de comprimento. A pele é feita de um tipo de silicone. Já foi o protagonista de um programa escolar em parceria com a organização Pessoas pelo Tratamento Ético de Animais (PETA, na sigla em inglês).

Além da réplica do animal, a Edge também criou criaturas mecânicas para filmes como Free Willy, Deep Blue Sea e Anaconda. A ideia, contou Roger Holzberg à Reuters, é expandir o programa e “criar uma espécie de ‘Rua Sésamo’ debaixo de água”. “Essas personagens [da Rua Sésamo] introduziram a toda uma geração diferentes aspectos da humanidade de formas que nunca foram antes imaginadas. E é isso que sonhamos com este projecto”.