Covid-19: farmacêutica Pfizer espera ter vacina na terceira semana de Novembro

“Assumindo que os dados são positivos, a Pfizer pedirá uma autorização de utilização de urgência nos Estados Unidos pouco depois de a etapa de segurança ser alcançada, na terceira semana de Novembro”, indicou o presidente da empresa.

Foto
O ensaio em curso, envolvendo 30 mil pessoas, poderá produzir resultados sobre a eficácia da vacina nas próximas duas semanas Reuters/Dado Ruvic

A farmacêutica norte-americana Pfizer prevê pedir uma autorização de emergência para utilização de uma vacina contra a covid-19 na terceira semana de Novembro, anunciou esta sexta-feira o presidente da empresa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A farmacêutica norte-americana Pfizer prevê pedir uma autorização de emergência para utilização de uma vacina contra a covid-19 na terceira semana de Novembro, anunciou esta sexta-feira o presidente da empresa.

“Assumindo que os dados são positivos, a Pfizer pedirá uma autorização de utilização de urgência nos Estados Unidos pouco depois de a etapa de segurança ser alcançada, na terceira semana de Novembro”, disse Albert Bourla numa carta aberta publicada esta sexta-feira na sua página na Internet.

Os Estados Unidos poderão ter duas vacinas prontas até ao fim do ano, se os ensaios clínicos em curso forem bem-sucedidos e se a agência dos medicamentos (FDA, na sigla inglesa) autorizar a sua distribuição, uma vez que a empresa Moderna aponta também para o mês de Novembro, após as eleições presidenciais norte-americanas.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que concorre a um segundo mandato, disse que uma vacina poderia estar disponível antes das eleições de 3 de Novembro.

A Pfizer cumpriu as instruções da FDA, que na semana passada pediu aos promotores das vacinas para que esperassem dois meses após a segunda dose ser injectada nos participantes dos ensaios clínicos, para monitorizar a aparição de eventuais efeitos secundários graves.

As acções da farmacêutica estavam a subir mais de 2% no comércio electrónico antes da abertura da Bolsa. O presidente da Pfizer, parceira da empresa alemã BioNTech, disse que o ensaio em curso, envolvendo 30 mil pessoas, poderia produzir resultados sobre a eficácia da vacina nas próximas duas semanas. “Poderemos saber se a nossa vacina é ou não eficaz até ao fim de Outubro”, escreveu Albert Bourla.

A FDA estabelece três condições para aprovar uma vacina: se é eficaz, se é segura e se a empresa é capaz de a produzir em grande escala. A Pfizer julga que as três condições estarão reunidas até à terceira semana de Novembro, dentro de um mês.

A data é similar à apresentada na semana passada por outra empresa, a Moderna, mais avançada nos ensaios clínicos, cujo responsável mencionou o dia 25 de Novembro.