Casamentos e baptizados marcados “a partir de hoje” passam a ser reduzidos a 50 pessoas
Portugal entrará em situação de calamidade a partir da meia-noite desta quinta-feira, o que trará restrições mais apertadas. Um dos alertas deixados pelo primeiro-ministro foi o elevado número de contágios em contexto de convívio familiar.
Os casamentos e baptizados marcados “a partir de hoje [quarta-feira]” passam a ser reduzidos a 50 pessoas, anunciou o primeiro-ministro, numa conferência de imprensa em que anunciou que o país vai entrar em situação de calamidade durante os próximos 15 dias devido à evolução negativa nos números da covid-19. Em causa está entrada de Portugal em situação de calamidade a partir da meia-noite desta quinta-feira, devido ao aumento dos casos diários de covid-19.
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Os casamentos e baptizados marcados “a partir de hoje [quarta-feira]” passam a ser reduzidos a 50 pessoas, anunciou o primeiro-ministro, numa conferência de imprensa em que anunciou que o país vai entrar em situação de calamidade durante os próximos 15 dias devido à evolução negativa nos números da covid-19. Em causa está entrada de Portugal em situação de calamidade a partir da meia-noite desta quinta-feira, devido ao aumento dos casos diários de covid-19.
“Temos de dar um sinal claro de que esses eventos familiares são possíveis, mas têm de ser limitados. Infelizmente o covid-19 não se afasta desses eventos. Isto não quer dizer que os noivos não se beijem, mas tem de haver algum recato e distanciamento com os restantes convidados”, explica o primeiro-ministro.
Por isso, a partir desta quarta-feira, todos os eventos marcados (como baptizados e casamentos) passam a ter um limite máximo de 50 convidados. Além desta medida sobre eventos familiares, o Governo decidiu que os ajuntamentos, que até agora estavam limitados a dez pessoas, terão novas regras. A partir de quinta-feira, os encontros passam a estar limitados a um máximo de cinco pessoas.
Na sexta-feira, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou que as “confraternizações familiares”, como bodas e baptismos, “têm sido responsáveis por 67% dos casos reportados nos últimos dias no país”. A directora-geral da Direcção-Geral da Saúde (DGS) apelou a que as famílias “se coíbam, nesta fase em que há transmissão crescente na comunidade, de ter esses encontros festivos que obviamente levam a descontracção, a múltiplos contactos e contactos de proximidade. Muitas vezes isto é acompanhado de refeições, de ingestão de alimentos e bebidas, as máscaras são retiradas, o que ainda aumenta o risco.”
É esse apelo que o Governo pretende agora reforçar, sensibilizando a população para a necessidade de limitar os convívios e manter as etiquetas de segurança exigidas. Na conferência desta quarta-feira, no final do encontro do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro brincou e disse que os noivos “podiam continuar a beijar-se”, defendendo que os eventos podem acontecer desde que haja bom senso.
António Costa identificou ainda algum desleixo no cumprimento das medidas de higiene e segurança, não só a nível individual, mas também no sector da restauração. Por isso, urge passar uma mensagem de que o vírus continua activo, explicou. “Evitámos adoptar novas restrições. O que reforçámos foram as medidas para garantir que as restrições são cumpridas. Ao longo dos últimos meses [alguns sectores] têm vindo a deslaçar-se das regras que estavam estipuladas e por isso aumentámos a fiscalização e as coimas”, justificou.