As vidas invisíveis segundo João Paulo Miranda Maria

Com Casa de Antiguidades, seleccionado para Cannes, o Curtas Vila do Conde revela mais um cineasta a seguir com atenção neste momento de crise para o cinema do Brasil.

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“Estamos vivendo num momento em que temos uma crise e ou a gente fica e morre ou a gente luta. E podemos ganhar ou perder, mas se nós não lutarmos, então não adianta, não compensa. A nossa arma não é uma espingarda ou um revólver; a nossa arma é o cinema, a nossa câmara, e precisamos de alguma forma de lutar.” O cineasta brasileiro João Paulo Miranda Maria (Porto Feliz, 1982) não faz por menos. Numa cadeira socialmente distanciada do salão nobre do Teatro Municipal de Vila do Conde, onde é júri da competição do 28.º Curtas, define que “todo o cinema tem algo político” e diz não conseguir imaginar uma arte que não discuta de alguma maneira a sociedade em que vive — no caso, a sociedade brasileira e a polarização intolerante que se exacerbou ao longo da última década.

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“Estamos vivendo num momento em que temos uma crise e ou a gente fica e morre ou a gente luta. E podemos ganhar ou perder, mas se nós não lutarmos, então não adianta, não compensa. A nossa arma não é uma espingarda ou um revólver; a nossa arma é o cinema, a nossa câmara, e precisamos de alguma forma de lutar.” O cineasta brasileiro João Paulo Miranda Maria (Porto Feliz, 1982) não faz por menos. Numa cadeira socialmente distanciada do salão nobre do Teatro Municipal de Vila do Conde, onde é júri da competição do 28.º Curtas, define que “todo o cinema tem algo político” e diz não conseguir imaginar uma arte que não discuta de alguma maneira a sociedade em que vive — no caso, a sociedade brasileira e a polarização intolerante que se exacerbou ao longo da última década.