Deus quer, a mulher sonha, a América desnasce

A aliança entre um super-produtor e uma intrépida rookie resulta num dos grandes discos deste ano dos e sobre os EUA.

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Um importante testemunho do que pensa, em 2020, uma mulher afro-americana

“It seems to me God is our responsibility. (…) And God’s only hope is us. We don’t make it, he ain’t gonna make it either”… É com as palavras de James Baldwin, com esta espécie de “materialismo teológico”, que o ouvinte, ainda mal se recostou, está já a estremecer na abertura daquele que é um dos grandes álbuns do hip-hop norte-americano de 2020. Talvez fosse um risco grande, esse o de dar o pontapé de saída com tão solenes palavras de tão proeminente figura, mas o disco que junta o produtor de Detroit Apollo Brown a Che’ Noir, novata de Buffalo, encarregar-se-á de não defraudar as expectativas.

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“It seems to me God is our responsibility. (…) And God’s only hope is us. We don’t make it, he ain’t gonna make it either”… É com as palavras de James Baldwin, com esta espécie de “materialismo teológico”, que o ouvinte, ainda mal se recostou, está já a estremecer na abertura daquele que é um dos grandes álbuns do hip-hop norte-americano de 2020. Talvez fosse um risco grande, esse o de dar o pontapé de saída com tão solenes palavras de tão proeminente figura, mas o disco que junta o produtor de Detroit Apollo Brown a Che’ Noir, novata de Buffalo, encarregar-se-á de não defraudar as expectativas.