Médicos que acompanharam mulher em 45 consultas não actuaram para prevenir o seu homicídio

As consultas médicas constituíram uma “oportunidade perdida” para accionar os mecanismos capazes de prevenir a escalada de violência conjugal que acabou com a sua morte. Médicos deviam ter accionado o alarme face ao contexto familiar disfuncional da doente, considera a equipa que analisou o que correu mal neste caso.

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Portugal continua a somar todos os anos vários homicídios cometidos em contexto doméstico Manuel Roberto (arquivo)

As 45 consultas médicas que uma mulher de 51 anos teve ao longo dos quatro anos que antecederam o seu homicídio, em 2017, foram “oportunidades perdidas” de uma intervenção precoce e eventualmente capaz de ter evitado a sua morte, às mãos do marido. A constatação está no mais recente relatório da Equipa de Análise Retrospectiva de Homicídio em Violência Doméstica (EARHVD), que se dedica a analisar o que correu mal em situações que acabaram por degenerar na morte de alguém.

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As 45 consultas médicas que uma mulher de 51 anos teve ao longo dos quatro anos que antecederam o seu homicídio, em 2017, foram “oportunidades perdidas” de uma intervenção precoce e eventualmente capaz de ter evitado a sua morte, às mãos do marido. A constatação está no mais recente relatório da Equipa de Análise Retrospectiva de Homicídio em Violência Doméstica (EARHVD), que se dedica a analisar o que correu mal em situações que acabaram por degenerar na morte de alguém.