Covid-19. Hospitais de Loures e Amadora “com uma pressão muito grande”

Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, tem estado a receber “mais de 140 doentes por dia” na sua área dedicada à covid-19.

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Cuidados intensivos do hospital de Loures Miguel Manso

O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Pisco, admitiu esta quinta-feira em declarações à agência Lusa que os hospitais Beatriz Ângelo (Loures) e Fernando Fonseca (Amadora) “estão com uma pressão muito grande”.

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O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Pisco, admitiu esta quinta-feira em declarações à agência Lusa que os hospitais Beatriz Ângelo (Loures) e Fernando Fonseca (Amadora) “estão com uma pressão muito grande”.

O Beatriz Ângelo “está numa zona onde os números de covid são muito grandes”, e tem estado a receber “mais de 140 doentes por dia” na sua área dedicada a casos de contágio pelo novo coronavírus, indicou.

No dia em que se registou o segundo maior número de novos casos desde Abril em todo o país (1278), Luís Pisco antecipou que possa haver “dias mais complicados” na próxima semana, em que se prevê que a ARSLVT tenha a funcionar uma “coordenação centralizada dos casos para internamento e cuidados intensivos”, distribuindo-os pelas unidades com camas disponíveis para que nenhuma fique assoberbada.

No caso do Beatriz Ângelo e dos outros hospitais da área da ARSLVT, “sempre que é necessário têm sido encaminhados doentes” para outras unidades de retaguarda.

“As urgências não fecham, embora possam estar com mais dificuldades em cuidados intensivos e internamento, porque há muito mais do que covid”, apontou.

Luís Pisco salientou que “não há tantas camas para covid como já chegou a haver em Abril porque os hospitais estão a tentar manter a actividade programada”, ao contrário do que aconteceu então, e “as camas não esticam”.

“Temos 6330 camas médicas e cirúrgicas e ainda podemos abrir mais”, referiu.

De acordo com o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde divulgado esta quinta-feira, em Lisboa e Vale do Tejo registam-se mais 482 casos de infecção do que na quarta-feira, num total de 41.707.

A DGS indica ainda que das dez mortes registadas no país nas últimas 24 horas três ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo.