Fátima Marques Pereira sai da Direcção-Geral do Património

Antiga directora do Arquipélago esteve apenas oito meses em funções.

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Fátima Marques Pereira dirigiu o Arquipélago, centro de arte contemporânea açoriano Rui Soares

Fátima Marques Pereira chegou ao Palácio da Ajuda a 24 de Fevereiro e está prestes a deixar vago o cargo de subdirectora-geral do Património Cultural.

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Fátima Marques Pereira chegou ao Palácio da Ajuda a 24 de Fevereiro e está prestes a deixar vago o cargo de subdirectora-geral do Património Cultural.

Nomeada quando Bernardo Alabaça foi o escolhido para substituir Paula Silva, a ex-directora-geral afastada pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, a até aqui subdirectora tinha os pelouros da arte contemporânea, das políticas museológicas e da gestão de colecções.

Sai a seu pedido e “por motivos pessoais”, informa o gabinete de Graça Fonseca, sem adiantar quem vai substituí-la. No entanto, no Palácio Nacional da Ajuda, onde funcionam os serviços da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) e do próprio Ministério da Cultura, os técnicos comentam que Fátima Marques Pereira, com formação em História e experiência na gestão de projectos ligados à arte contemporânea, foi afastada das suas funções, incompatibilizada com o director-geral. 

Contactado pelo PÚBLICO, Bernardo Alabaça optou por não fazer quaisquer declarações sobre esta saída. O gabinete de Graça Fonseca também não quis pronunciar-se sobre eventuais divergências. Certo é que, nos últimos meses, muitos directores dos museus afectos à DGPC se têm queixado de dificuldades de comunicação com este organismo e da sua incapacidade para resolver até mesmo situações urgentes, críticas que não visam apenas Fátima Marques Pereira.

A antiga subdirectora-geral das Artes, que foi entre Fevereiro de 2015 e Janeiro de 2020 directora do Arquipélago – Centro de Arte Contemporânea, nos Açores, cargo que abandonou pouco antes de entrar para a DGPC, integrou a direcção de Bernardo Alabaça, um engenheiro com currículo no imobiliário e na gestão do património do Estado cuja nomeação causou polémica, com Rui Santos, que assume a área financeira e de recursos humanos, com o arquitecto João Carlos Santos, que transitou da anterior chefia, e com o historiador de arte Joaquim Caetano, subdirector-geral por inerência de funções enquanto director do Museu Nacional de Arte Antiga.

Ao final da tarde desta quinta-feira, Fátima Marques Pereira disse ao PÚBLICO que saía por vontade própria e “exclusivamente por motivos pessoais”. 

Notícia actualizada às 21h40 para acrescentar a breve declaração de Fátima Marques Pereira