DGS desaconselha parques infantis: podem acarretar “riscos” de infecção

Graça Freitas desaconselha utilização deste espaços, dizendo que há outras alternativas mais seguras para as crianças.

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DGS não recomenda utilização de parques infantis TROY T

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) desaconselha a utilização de parques infantis durante a crise pandémica. Na conferência de imprensa desta quarta-feira, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, diz que estes espaços podem acarretar “riscos” acrescidos de infecção, destacando a higienização deficiente de alguns equipamentos.

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A Direcção-Geral da Saúde (DGS) desaconselha a utilização de parques infantis durante a crise pandémica. Na conferência de imprensa desta quarta-feira, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, diz que estes espaços podem acarretar “riscos” acrescidos de infecção, destacando a higienização deficiente de alguns equipamentos.

“Os parques infantis constituem um equipamento lúdico, mas que encerra riscos porque pode originar uma grande aglomeração de crianças sem regras de qualquer tipo. Estarão alguns abertos, mas continuamos a não aconselhar a sua utilização. Os equipamentos nem sempre são devidamente higienizados entre utilizações e o controlo da mobilidade das crianças dentro do parque não está assegurado. A maior parte das crianças não usa máscara e no exterior não é recomendado esse uso. Continuamos a considerar que o parque infantil continua a encerrar um risco acrescido que não vale a pena ter. As crianças podem divertir-se ao ar livre, em segurança, noutros espaços”, afirmou Graça Freitas.

Quanto ao regresso às escolas, a directora-geral da Saúde garantiu que a situação está “controlada”, especificando concretamente quantos surtos foram detectados pelas autoridades desde o início do presente ano lectivo.

“O que temos verificado é que a situação está controlada e, por vezes, a escola tem um único caso, o que pode significar a ida de alguns contactos para casa. A decisão [de quem vai para casa] prende-se com a própria organização da escola. Neste momento temos identificado a nível do país 23 surtos em escolas, sendo que sete são no Norte, três no Centro, 12 em Lisboa e Vale do Tejo, não há no Alentejo e há um no Algarve. Estes surtos têm 136 casos positivos, entre alunos e funcionários, docentes ou não docentes. A partir destes casos, muitas pessoas estarão sob vigilância nos seus domicílios”, finalizou a directora-geral da Saúde.

Nas últimas 24 horas, 32 pessoas foram internadas por causa da covid-19 em Portugal, o que fez com que o número total de internamentos subisse para um valor que já não era registado desde Maio. No total, há 764 pessoas internadas, 106 destas em unidades de cuidados intensivos (UCI) — há quase cinco meses, a 11 de Maio, eram 805 (e 112 em UCI).

A covid-19 foi responsável por mais oito mortes e 944 casos de infecção em Portugal nas últimas 24 horas, segundo revelam os dados diários da DGS. No total, a doença já fez 2040 vítimas mortes e infectou 81.256 pessoas desde Março.