“A pandemia bate duas vezes nos mais desfavorecidos”

A directora da Escola Nacional de Saúde Pública, Carla Nunes, acha que ainda estamos “no meio da pandemia”, não no princípio do fim, mas defende que “não há espaço” para um novo confinamento total da população.

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Apesar de os números de novos casos de covid-19 estarem agora perto do nível dos registados em Abril, a directora da Escola Nacional de Saúde Pública, uma das especialistas ouvidas pelo Governo, acredita que a situação “não está descontrolada” em Portugal, ainda que seja “preocupante”. Carla Nunes sustenta que esta é já a terceira onda da epidemia de covid-19 no país, depois da primeira, em Abril, e da segunda “ondinha” observada após o desconfinamento. Sem querer avançar com previsões nem projecções, até porque “numa crise de saúde pública é preciso ter bastante cuidado com a gestão de expectativas”, a especialista em estatística e saúde pública defende que é preciso proteger com especial ênfase os mais desfavorecidos. “Os mais vulneráveis infectam-se mais porque não andam de carro, vivem em casas mais sobrelotadas. Depois, vem a crise económica e volta a bater neles”, justifica.

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Apesar de os números de novos casos de covid-19 estarem agora perto do nível dos registados em Abril, a directora da Escola Nacional de Saúde Pública, uma das especialistas ouvidas pelo Governo, acredita que a situação “não está descontrolada” em Portugal, ainda que seja “preocupante”. Carla Nunes sustenta que esta é já a terceira onda da epidemia de covid-19 no país, depois da primeira, em Abril, e da segunda “ondinha” observada após o desconfinamento. Sem querer avançar com previsões nem projecções, até porque “numa crise de saúde pública é preciso ter bastante cuidado com a gestão de expectativas”, a especialista em estatística e saúde pública defende que é preciso proteger com especial ênfase os mais desfavorecidos. “Os mais vulneráveis infectam-se mais porque não andam de carro, vivem em casas mais sobrelotadas. Depois, vem a crise económica e volta a bater neles”, justifica.