Antiga jornalista da RTP e ex-deputada do PS Manuela Melo escolhida para o Conselho Geral Independente

Manuela Melo foi um dos rostos mais carismáticos da RTP Porto, e também foi vereadora e vice-presidente da Câmara do Porto, autarquia onde esteve 13 anos sob presidências socialistas. Pelo PS foi também deputada durante nove anos.

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Manuela Melo foi vereadora da Cultura na Câmara do Porto entre 1990 e 2002 e vice-presidente da autarquia entre 1999 e 2002 com os socialistas Fernando Gomes e Nuno Cardoso. Arquivo

A antiga jornalista da RTP, programadora e até antiga vereadora da Câmara do Porto e deputada à Assembleia da República, Manuela Melo foi o nome escolhido para integrar o Conselho Geral Independente como cooptada pelos restantes membros, confirmou o PÚBLICO junto de fonte do Conselho de Opinião. O órgão que fiscaliza e superintende o serviço público de rádio e televisão está em processo de substituição de três dos seus membros, cujo mandato terminou no mês de Setembro.

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A antiga jornalista da RTP, programadora e até antiga vereadora da Câmara do Porto e deputada à Assembleia da República, Manuela Melo foi o nome escolhido para integrar o Conselho Geral Independente como cooptada pelos restantes membros, confirmou o PÚBLICO junto de fonte do Conselho de Opinião. O órgão que fiscaliza e superintende o serviço público de rádio e televisão está em processo de substituição de três dos seus membros, cujo mandato terminou no mês de Setembro.

Licenciada em Biologia, Manuela Melo foi um dos rostos mais carismáticos da RTP Porto, tendo sido jornalista na televisão pública entre 1973 e 2002. No entanto, quando que ainda pertencia aos quadros da RTP, chegou a suspender funções para assumir o cargo de vereadora com o pelouro da Cultura e Turismo (de 1990 a 2002) na Câmara do Porto, primeiro com o socialista Fernando Gomes, e mais tarde também em acumulação o de vice-presidente (entre 1999 e 2002) da autarquia, já no mandato do socialista Nuno Cardoso.

Depois de deixar formalmente a televisão pública há 18 anos, foi eleita deputada à Assembleia da República pelo PS, pelo distrito do Porto, por três vezes – 2002, 2005 e 2009.

O nome de Manuela Melo só será formalmente anunciado depois das audições dos dois novos membros do Conselho Geral Independente, Leonor Beleza e Alberto Arons de Carvalho, na próxima terça-feira, na comissão parlamentar de Cultura e Comunicação. A comissão não tem qualquer poder na nomeação, mas trata-se de uma audição de carácter consultivo.

A escolha de Leonor Beleza como representante do Conselho de Opinião esteve envolvida em alguma polémica porque o seu nome foi apresentado quase em cima da votação, quando já havia um outro candidato, António Borga, cujo currículo já tinha sido analisado, e sobretudo porque não se conhece à presidente da Fundação Champalimaud qualquer ligação ou conhecimento profundo sobre a área dos media. Já o professor universitário Alberto Arons de Carvalho, fundador do PS, antigo secretário de Estado da Comunicação Social de Guterres e ex-vice-presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), foi escolhido pelo Ministério da Cultura. 

Depois da audição, a nova composição do CGI irá escolher entre os seus membros o futuro ou futura presidente, uma vez que António Feijó, actual presidente, é um dos membros que irá sair. Com Feijó, deixam também o CGI Simonetta Luz Afonso e Diogo Lucena. O conselho é ainda composto pelo jurista Vieira de Andrade, o embaixador Seixas da Costa e a académica na área de media Helena Sousa.

Há dez dias, o Conselho Regulador da ERC deu parecer favorável às duas nomeações por considerar que não havia quaisquer obstáculos legais, nomeadamente incompatibilidades, às indigitações de Arons de Carvalho e Leonor Beleza. Uma das primeiras missões da nova composição do CGI será decidir a forma de escolha do próximo conselho de administração da RTP já que o actual, liderado por Gonçalo Reis, termina o seu mandato no final deste ano. Na sua última audição no Parlamento, o presidente do CGI da RTP admitiu que estavam a ser ponderados vários cenários para a escolha do próximo conselho de administração da empresa de serviço público de rádio e televisão onde se incluem o “recurso a uma empresa de headhunter [recrutamento] ou concurso público”. Mas a decisão caberá à nova equipa - da qual só falta saber quem presidirá.