Alcobaça implementa Plano de Mobilidade para melhorar acessibilidade urbana

Um estudo concluiu que há uma primazia da utilização do automóvel em 70% das deslocações na cidade, onde apenas 16% das pessoas se deslocam a pé, 11% em transportes públicos e 3% de bicicleta.

Foto
rui Gaudencio

Mais de 60 travessias pedonais da cidade de Alcobaça (distrito de Leiria) vão ser intervencionadas no âmbito de um plano de mobilidade que visa melhorar as acessibilidades no território, onde vão ser criadas ciclovias e eliminadas barreiras arquitectónicas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Mais de 60 travessias pedonais da cidade de Alcobaça (distrito de Leiria) vão ser intervencionadas no âmbito de um plano de mobilidade que visa melhorar as acessibilidades no território, onde vão ser criadas ciclovias e eliminadas barreiras arquitectónicas.

O Plano de Mobilidade Urbana encomendado pela Câmara de Alcobaça (PSD) ao Instituto Politécnico de Leiria (IPL) “prioriza medidas para serem desenvolvidas ao longo dos próximos anos, numa aposta clara na pedonalização e na criação de ciclovias”, disse na segunda-feira à agência Lusa o presidente da autarquia, Paulo Inácio.

O estudo identificou 66 travessias pedonais que vão ser intervencionadas com medidas como “deslocalização de passadeiras ou colocação de passadeiras tácteis”, exemplificou o presidente, acrescentando que na cidade serão ainda criadas rotundas e uma rede de ciclovias urbanas, serão eliminadas barreiras arquitectónicas e será feito um reforço de segurança dos passeios, alguns dos quais serão alargados e rebaixados.

“A mobilidade urbana é um indicador da qualidade de vida que se pretende que Alcobaça tenha” com a implementação das soluções propostas pelo IPL para “promover as deslocações pedonais e promover uma maior fruição dos espaços urbanos”, sublinhou Paulo Inácio.

O estudo, a que a agência Lusa teve acesso, conclui que há uma primazia da utilização do automóvel em 70% das deslocações na cidade, onde apenas 16% das pessoas se deslocam a pé, 11% em transportes públicos e 3% de bicicleta.

No que toca ao estacionamento o estudo identificou um total de 2513 lugares, dos quais 83% são gratuitos, 10% tarifados e 7% reservados.

O documento vai estar em consulta pública até ao final do ano “por se entender que as alterações de trânsito e sinaléticas devem ser discutidas com a população”, disse o autarca, estimando que “as medidas mais emergentes comecem a ser implementadas a partir de Janeiro do próximo ano e as restantes sejam candidatas ao próximo quadro comunitário de apoio”.

O plano, coordenado pelo professor João Silva, teve um custo de cerca de 50 mil euros e foi desenvolvido ao abrigo de um protocolo firmado em Julho de 2019 com o Politécnico de Leira com vista ao estudo de soluções quer de acessibilidade pedonal, quer a nível da mobilidade urbana na cidade de Alcobaça.