Aos 100 anos angariou milhões e foi ordenado cavaleiro: a vida de Tom Moore vai ser um filme

A história de Tom Moore tornou-se viral em Abril, quando se dispôs a dar 100 voltas ao jardim para angariar fundos para o Sistema Nacional de Saúde britânico. Depois disso, já foi ordenado cavaleiro pela rainha.

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Tom Moore combateu na Segunda Guerra Reuters/DYLAN MARTINEZ

A vida do Capitão Sir Tom Moore vai dar um filme. Quando lançou uma campanha de angariação de fundos para o Sistema Nacional de Saúde britânico (NHS, em inglês) em plena pandemia de covid-19, Tom Moore não imaginava que aquele seria o ponto de partida para uma viagem que o levaria até ser argumento para o grande ecrã.

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A vida do Capitão Sir Tom Moore vai dar um filme. Quando lançou uma campanha de angariação de fundos para o Sistema Nacional de Saúde britânico (NHS, em inglês) em plena pandemia de covid-19, Tom Moore não imaginava que aquele seria o ponto de partida para uma viagem que o levaria até ser argumento para o grande ecrã.

O percurso começou em Abril quando, como incentivo para os exercícios de reabilitação, a filha do veterano da Segunda Guerra lhe sugeriu que desse cem voltas ao jardim de sua casa até à data do seu 100.º aniversário, com o objectivo de angariar mil libras (cerca de 1100 euros) para o Sistema Nacional de Saúde do país.

O esforço tornou-se viral e o Capitão Moore conseguiu juntar mais de 36 milhões de euros em menos de um mês. No dia em que completou o centenário, recebeu o título de coronel por serviços prestados à comunidade e desejos de parabéns do primeiro-ministro Boris Johnson, assim como um postal da rainha Isabel II.

Mas não se ficando pelo postal, Tom Moore foi inclusive galardoado com o título de cavaleiro pela monarca numa cerimónia privada no castelo de Windsor, em Julho.

Agora, a vida do Capitão Sir Tom Moore vai ser eternizada no grande ecrã. O filme, ainda sem título, irá focar-se na relação do veterano com a sua família mais jovem, que o recebeu em casa aquando da morte da mulher com quem esteve casado durante 40 anos. Inevitavelmente, também vai abordar a sua carreira militar e a forma como as situações trágicas que viveu no campo de batalha moldaram a sua vida e o inspiraram para inclusive ultrapassar um cancro de pele e a bacia partida, anos mais tarde.

A história de vida do veterano de guerra já foi publicada em formato de autobiografia, de nome Tomorrow Will Be A Good Day, mas agora cabe à Fred Films e à Powder Keg Pictures transformá-la em filme.

Os produtores James Spring, Nick Moorcroft e Meg Leonard, em comunicado conjunto citado pela BBC, afirmam que “esta é uma história sobre o poder do espírito humano e o Capitão Sir Tom personifica isso”. “É uma honra para nós poder contar esta história única e inspiradora e estamos entusiasmados para que o público conheça o homem por detrás dos títulos dos jornais”, assinala o trio que se destacou no meio de “imensas propostas” recebidas pela família, como afirma a filha.

Com gravações marcadas para 2021, já se pensa em quem pode fazer o papel da personagem principal. Quando questionado sobre que actor o veterano gostaria que o interpretasse, o Capitão Moore brinca: “Eu não conheço nenhum actor de 100 anos.” Contudo, nomeou duas possíveis hipóteses: “Eu tenho a certeza que o Michael Cain [87 anos] ou Anthony Hopkins [82 anos] fariam um excelente trabalho se estivessem preparados para envelhecer um pouco.”

Como é que se explica a sua postura positiva perante a vida? “Sempre pensei que mesmo que as coisas pareçam muito difíceis, vamos conseguir ultrapassá-las”, contou no programa Piers Morgan's Life Stories. “Não desista, continue a lutar e as coisas certamente vão ficar melhores”, recomendou.