CDS diz que “orçamento cozinhado à esquerda não pode ser servido pela direita”

Francisco Rodrigues dos Santos defende que o CDS terá sempre um candidato às próximas eleições presidenciais, independentemente de qual for a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa.

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Francisco Rodrigues dos Santos colhe uvas durante a visita à Quinta da Aveleira, em Guimarães, LUSA/ESTELA SILVA

O presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, afirmou neste sábado que “um Orçamento que é cozinhado pela esquerda não pode ser servido pela direita”, mas remeteu a posição do partido para depois de conhecido o documento.

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O presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, afirmou neste sábado que “um Orçamento que é cozinhado pela esquerda não pode ser servido pela direita”, mas remeteu a posição do partido para depois de conhecido o documento.

Em Guimarães, à margem de uma visita à Adega Cooperativa local, o líder centrista acrescentou que os “indícios” relacionados com o Orçamento do Estado para 2021 "não são positivos”.

“O CDS apresentará os seus contributos, vamos ver o documento e ouvir o que o Governo tem para apresentar, mas aquilo que nasce torto tarde ou nunca se endireita. Vamos aguardar, mas o prenúncio, os indícios que temos não são positivos, sobretudo para o país”, referiu.

Na sexta-feira, no Algarve, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que os partidos da oposição que aspiram a liderar o Governo devem garantir a aprovação do Orçamento do Estado (OE), mesmo que a esquerda o reprove.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “normal em Portugal, desde que houve as eleições, é que haja um Governo apoiado pela esquerda”, mas afirmou que, “no caso do orçamento, se não for possível haver esse apoio à esquerda, que é o natural”, a “oposição, sobretudo a oposição que ambiciona liderar o governo, pensará o que eu pensei como líder da oposição na altura” em que o actual chefe de Estado liderou o PSD.

Hoje, Francisco Rodrigues dos Santos referiu que o Governo optou por “um diálogo preferencial” com os partidos à sua esquerda e “não auscultou a direita” para saber quais os seus contributos para a construção do próximo OE.

Para o líder do CDS, o Governo “continua acantonado à esquerda e cortou as vias de diálogo com a direita”.

Eu creio que é evidente para todos os portugueses que um Orçamento que é cozinhado pela esquerda não pode ser servido pela direita”, sublinhou.

Veredicto de Marcelo

Sobre presidenciais, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que o partido “não ficará sem candidato”, mas remeteu uma posição definitiva para depois de Marcelo Rebelo de Sousa comunicar a decisão sobre uma eventual recandidatura.

“Neste momento, estamos a esperar para que o actual Presidente, que foi eleito com o apoio da direita - e isto é importante esclarecer - dê o seu veredicto”, frisou.

Independentemente da recandidatura ou não de Marcelo, o líder do CDS garante que o partido terá sempre um candidato às próximas eleições presidenciais.

“Como é evidente, o CDS não ficará sem candidato”, referiu Francisco Rodrigues dos Santos, escusando-se, no entanto, a referir possíveis nomes.

Na sexta-feira, o PSD formalizou o seu apoio à eventual recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa.