Portugueses gastaram 1227 milhões de euros nas férias de Agosto

Taxa poupança mantém-se em níveis historicamente altos. Mas portugueses não travaram os gastos das férias.

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Os gastos com as férias mantiveram-se em ano de pandemia DIOGO VENTURA

No mês de Julho os portugueses tinham depositado nos bancos nacionais 159,2 mil milhões de euros. Em Agosto, o nível de poupanças baixou para os 158 mil milhões. O que significa que, no mês de Agosto, foram retirados 1227 milhões de euros, marcando a primeira vez em que, desde o início da pandemia, o nível de poupança diminuiu.

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No mês de Julho os portugueses tinham depositado nos bancos nacionais 159,2 mil milhões de euros. Em Agosto, o nível de poupanças baixou para os 158 mil milhões. O que significa que, no mês de Agosto, foram retirados 1227 milhões de euros, marcando a primeira vez em que, desde o início da pandemia, o nível de poupança diminuiu.

Recorde-se que a taxa de poupança estava ao nível mais alto desde 2014 e que os depósitos bancários cresceram a níveis que não se viam desde a troika - e que, como já noticiou o PÚBLICO – permite perceber que a queda de consumo está a superar a diminuição dos rendimentos.

Tal diminuição das poupanças pode não significar uma inversão da tendência. O mês de Agosto é o mês tradicional das férias em Portugal,e o valor que saiu nos depósitos neste mês de Agosto é muito semelhante àquele que foi retirado em Agosto de 2019 – 1252 milhões de euros.

O aumento da taxa de poupança iniciou-se logo no arranque da pandemia. Se, antes da crise, a variação anual do valor dos depósitos de particulares andava consistentemente na casa dos 4%, em Março ultrapassou logo a barreira dos 5% e em Abril superou os 6% pela primeira vez desde a crise de 2012. E é nesse patamar que se mantém, mesmo com esta descida do valor dos depósitos em mais de mil milhões de euros. A taxa de variação anual registada pelo Banco de Portugal em Agosto está nos 6,8%.

Entre o início de Março e o final de Julho, os valores que foram sendo acumulados nas contas à ordem e em depósitos a prazo ascendeu a mais de 8,4 mil milhões de euros.