Rio Ave regressa de Istambul a bordo do comboio europeu

Vila-condenses eliminaram o Besiktas no desempate por grandes penalidades, após 1-1 no prolongamento.

Foto
Reuters/MURAD SEZER

Valeram bem a pena os 120 minutos de esforço numa fase tão precoce da temporada. Em Istambul, o Rio Ave manteve-se a bordo do comboio europeu, afastando o favorito Besiktas na 3.ª pré-eliminatória da Liga Europa, graças ao desempate nas grandes penalidades (1-1 e 2-4). Um sinal extra de maturidade de uma equipa que, em Portugal, já tem provas sólidas de crescimento sustentado.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Valeram bem a pena os 120 minutos de esforço numa fase tão precoce da temporada. Em Istambul, o Rio Ave manteve-se a bordo do comboio europeu, afastando o favorito Besiktas na 3.ª pré-eliminatória da Liga Europa, graças ao desempate nas grandes penalidades (1-1 e 2-4). Um sinal extra de maturidade de uma equipa que, em Portugal, já tem provas sólidas de crescimento sustentado.

O primeiro remate dos turcos à baliza abanou de imediato a eliminatória. Güven Yalcin, de cabeça, correspondeu de forma eficaz a um cruzamento perfeito do lateral direito Uysal e desestabilizou o Rio Ave, aos 15’. 

Apesar de um maior domínio territorial, os vila-condenses raramente levaram perigo à baliza turca e foi mesmo o Besiktas que esteve mais perto de chegar (novamente) ao golo: Tokoz, aos 34’, aproveitou um erro de Tarantini para pôr à prova os reflexos de Kieszek e a solidez do poste.

Com Francisco Geraldes a comandar o jogo com bola, a partir do corredor central, o Rio Ave contou com um adversário mais calculista no segundo tempo, aparentemente confortável com o facto de ter menos iniciativa.

Usando e abusando das incursões pelo miolo, a equipa portuguesa tornou-se mais perigosa quando alargou a frente de ataque, juntando Diego Lopes a Bruno Moreira e abrindo nas alas com Carlos Mané e Ryotaro Meshino.

E depois de um lance em que reclamou penálti (por carga de Yilmaz sobre Bruno Moreira) e de uma finalização de Geraldes que não fez jus a uma excelente triangulação, o empate chegou. Aos 86’, Mané arrancou um cruzamento de pé esquerdo e Moreira, com um tremendo golpe de cabeça, quebrou a resistência turca.

Como que assustado com a possibilidade de disputar o prolongamento, o Besiktas reagiu e Bernard Mensah (que já representou o V. Guimarães) esteve duas vezes perto de marcar, a primeira das quais frustrada por uma defesa de Kieszek a meias com o poste.

Foto

O encontro resvalou mesmo para o tempo extra e Mário Silva lançou a locomotiva Gabrielzinho, que criou uma ocasião soberana para colocar o Rio Ave na frente, aos 113’. Algo que só não se concretizou porque o brasileiro não assistiu Bruno Moreira no momento exacto.

Em cima dos 120’, foi a vez de Gokhan Tore fugir pela direita, ganhar metros aos centrais até à área e disparar por cima da trave, antes de Carlos Mané surgir isolado (após ressalto) e permitir a defesa do guarda-redes.

Decidir-se-ia tudo no desempate por grandes penalidades. E nesse capítulo, o Rio Ave esteve irrepreensível, tirando partido de um remate por alto de Welinton e de uma defesa de Kieszek a remate de Larin. Estava confirmado o apuramento para o play-off : o AC Milan é o rival que se segue.