Universidade do Minho cria aplicação que vai alertar agricultores sobre mudanças climáticas

Além da aplicação, está a ser concebida uma plataforma Web de apoio à tomada de decisão no sector da água.

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Seca no rio Tejo Teresa Abecasis

O Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da Universidade do Minho coordena um projecto para alertar os agricultores sobre mudanças climáticas, ajudando-os a optimizar a irrigação das culturas e a antecipar ou adiar colheitas, foi anunciado esta quinta-feira. Em comunicado, a Universidade do Minho refere que o projecto, denominado “Climalert”, inclui uma aplicação para telemóvel e uma plataforma Web.

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O Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da Universidade do Minho coordena um projecto para alertar os agricultores sobre mudanças climáticas, ajudando-os a optimizar a irrigação das culturas e a antecipar ou adiar colheitas, foi anunciado esta quinta-feira. Em comunicado, a Universidade do Minho refere que o projecto, denominado “Climalert”, inclui uma aplicação para telemóvel e uma plataforma Web.

“A aplicação de telemóvel, em fase de testes, permite de forma simples e gráfica que o agricultor registe e analise tendências do estado da sua cultura e da produtividade ou avalie ciclos de temperatura, precipitação e intempéries”, lê-se no comunicado. A par da aplicação, está a ser concebida uma plataforma Web de apoio à tomada de decisão no sector da água, de modo a planear cenários de exploração agrícola e uso hídrico a médio e longo prazo.

“Quem decide e investe, vê assim as probabilidades mais benéficas para o meio ambiente e para o seu negócio”, sublinha-se no comunicado. O projecto junta parceiros de Portugal, de Espanha e da Alemanha e conta com 845 mil euros da União Europeia, até 2021. Vai ser apresentado esta sexta-feira, no Mosteiro de Tibães, em Braga, no âmbito do Greenfest, um festival de sustentabilidade.

A coordenadora do Climalert, Cláudia Pascoal, refere que a ferramenta pretende “casar os interesses dos sectores da agricultura e dos recursos hídricos”. “O que é difícil, pois a água é muito utilizada na agricultura, mas por vezes devolvida aos ecossistemas de forma contaminada”, diz a também investigadora do CBMA e professora da Escola de Ciências da Universidade do Minho. Para Cláudia Pascoal, “este projecto é valioso, pois promove a sustentabilidade com benefícios económicos para agricultores e para os gestores ambientais, que têm de gerir bacias hidrográficas tendo em conta as alterações climáticas”.

As ferramentas do Climalert foram criadas na Universidade do Minho, através dos centros de investigação CBMA, Algoritmi e de Sistemas Microeletromecânicos, e estão a ser testadas nos três países do consórcio. O Climalert envolve ainda o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o Instituto Catalão de Investigação da Água (em Espanha) e o Centro de Investigação Ambiental Helmholtz (na Alemanha).