Partidos vão gastar 1,2 milhões na campanha eleitoral dos Açores
O PS é, outra vez, o partido com maior orçamento de campanha para as eleições marcadas para 25 de Outubro. Entre os estreantes, o Chega é aquele que mais prevê gastar.
Doze partidos e duas coligações contam gastar, no total, cerca de 1,254 milhões de euros na campanha para as eleições legislativas regionais dos Açores, marcadas para 25 de Outubro.
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Doze partidos e duas coligações contam gastar, no total, cerca de 1,254 milhões de euros na campanha para as eleições legislativas regionais dos Açores, marcadas para 25 de Outubro.
Um valor substancialmente inferior ao orçamento de campanha das regionais anteriores, em 2016, quando foram gastos 1,861 milhões de euros. Como tem sido norma nos últimos quatro ciclos eleitorais, os socialistas são os que mais estimam gastar.
O PS, liderado por Vasco Cordeiro, que tenta em Outubro um terceiro e último mandato como presidente do governo regional dos Açores, prevê investir nesta campanha cerca de 472 mil euros. O PSD, de acordo com os dados disponibilizados pelo Tribunal Constitucional (TC) através da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, orçamentou 350 mil euros, para tentar afastar os socialistas do executivo do arquipélago, que ocupam desde 1996. Este é o campeonato dos dois partidos com mais verbas disponíveis.
Seguem-se o CDS, que prevê gastar 150 mil euros; o Bloco de Esquerda, que estima investir 63,5 mil euros e a CDU, 60 mil euros. O PPM apresenta contas de 38 mil euros, o PAN tem um orçamento de campanha próximo dos 30 mil euros e coligação ‘Mais Corvo’, que junta PPM e CDS e concorre apenas na ilha mais pequena do arquipélago, tem 28 mil euros para a campanha.
Das forças partidárias que apresentam pela primeira vez uma candidatura ao parlamento açoriano, é o Chega (27,5 mil euros) o partido que conta gastar mais, seguido da Aliança (21,9 mil euros) e da Iniciativa Liberal com um orçamento de seis mil euros.
Em termos de orçamento de campanha, estas eleições que contam ainda com candidaturas do Livre (5,5 mil euros) e do MPT (que não prevê qualquer investimento), serão as regionais açorianas mais económicas desde que a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos fiscaliza a contabilidade dos partidos. Em 2008, foram gastos um pouco mais de três milhões de euros, com o PS a ser responsável por quase dois terços dessa verba (1,8 milhões de euros). Foi o ano da última candidatura de Carlos César à chefia do executivo açoriano, um cargo que tem uma limitação de três mandatos consecutivos. Nessas eleições, o PSD gastou 887 mil euros na tentativa de, pelo menos, evitar nova maioria absoluta socialista no arquipélago. Não conseguiu.
Quatro anos depois, em 2012, já com Vasco Cordeiro na liderança do partido, o PS investiu 995 mil euros na campanha, contra 651 mil euros do PSD. Nesse ano, a factura total caiu para valores próximos dos dois milhões de euros.
Para este ano, o grosso do orçamento de campanha do PS é direccionado para propaganda e comunicação (170 mil euros) e para comícios e espectáculos (100 mil euros). O partido de Vasco Cordeiro, gastou 45 mil euros em agências de comunicação. Já o PSD de José Manuel Bolieiro canaliza 80 mil euros para agências de comunicação e 70 mil euros para a brindes e outras ofertas.
Os socialistas, primeiro com Carlos César e depois com Vasco Cordeiro governam os Açores há 24 anos, depois do PSD de João Mota Amaral ter liderado o executivo regional durante 20 anos: de 1976 a 1996.
Nas últimas regionais, o PS venceu 46,43% dos votos, elegendo 30 deputados para a Assembleia Regional. O PSD foi o segundo partido mais votado (30,89%, 19 mandatos), e o CDS o terceiro com 7,16%, que se materializou em quatro mandatos. Bloco de Esquerda (3,66%) elegeu dois deputados, e a CDU (2,61%) e o PPM (0,93%) um cada.
As eleições regionais açorianas contam com 10 círculos eleitorais. Um por cada uma das nove ilhas, mais um círculo de compensação, onde contam os votos os votos que não foram aproveitados nos outros nove círculos.