Cientista Elvira Fortunato premiada pela Comissão Europeia por primeiro ecrã transparente

Projecto “Invisible” (Invisível) consiste no desenvolvimento do primeiro ecrã transparente a partir de óxido de zinco, um material semicondutor de baixo custo, não degradável e que produz melhores resultados.

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A cientista Elivira Fortunato DR

A engenheira de materiais e investigadora Elvira Fortunato, “mãe” do transístor de papel, foi distinguida esta quarta-feira pela Comissão Europeia com o Prémio Impacto Horizonte 2020, pela criação do primeiro ecrã transparente com materiais ecossustentáveis. O prémio, no valor de 10 mil euros, distingue projectos científicos financiados por fundos europeus e cujos “resultados tiveram impacto na sociedade”, disse à Lusa a investigadora, que dirige o Cenimat - Centro de Investigação de Materiais, da Universidade Nova de Lisboa, da qual é vice-reitora.

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A engenheira de materiais e investigadora Elvira Fortunato, “mãe” do transístor de papel, foi distinguida esta quarta-feira pela Comissão Europeia com o Prémio Impacto Horizonte 2020, pela criação do primeiro ecrã transparente com materiais ecossustentáveis. O prémio, no valor de 10 mil euros, distingue projectos científicos financiados por fundos europeus e cujos “resultados tiveram impacto na sociedade”, disse à Lusa a investigadora, que dirige o Cenimat - Centro de Investigação de Materiais, da Universidade Nova de Lisboa, da qual é vice-reitora.

Elvira Fortunato foi a única portuguesa premiada, entre outros cientistas distinguidos de uma lista de 10 finalistas. O anúncio dos cinco vencedores da edição deste ano do Prémio Impacto Horizonte, a segunda desde 2019, foi feito em Bruxelas, Bélgica.

O projecto “Invisible” (Invisível), com o qual a investigadora portuguesa foi premiada, consistiu no desenvolvimento do primeiro ecrã transparente a partir de um material semicondutor de baixo custo, não degradável e que produz melhores resultados, o óxido de zinco, que entra na composição de pomadas para bebés ou protectores solares. A tecnologia, patenteada pela directora do Cenimat e pela “gigante” electrónica Samsung, é aplicável a telemóveis, televisores, computadores ou “tablets”, permitindo obter imagens de maior resolução.

Segundo Elvira Fortunato, pioneira na electrónica transparente, o projecto representou uma “revolução na área dos materiais semicondutores”, com recurso a “tecnologias amigas do ambiente”, que não desperdiçam tanta energia. O “Invisible” foi financiado em 2,25 milhões de euros pelo Conselho Europeu de Investigação, agência da Comissão Europeia que apoia a investigação científica, nomeadamente através de bolsas. O projecto foi desenvolvido durante cinco anos, entre 2009 e 2014.

O Prémio Impacto Horizonte destina-se a cientistas que lideraram projectos financiados pelo 7.º Programa-Quadro (2007-2014) e pelo Programa Horizonte 2020 (2014-2020). As candidaturas finalistas foram avaliadas por um júri independente.