Empresas demoram em média 3,5 dias a entregar produtos comprados online
Valor médio cobrado pela entrega dos produtos é de 4,2 euros por cada pedido, revela estudo da Deloitte em colaboração com a Associação Portuguesa de Logística (Aplog).
As empresas demoram, em média, 3,5 dias a entregar aos clientes produtos comprados online e cobram 4,2 euros por cada pedido de entrega, revela um estudo da consultora Deloitte sobre desempenho do comércio electrónico em Portugal.
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As empresas demoram, em média, 3,5 dias a entregar aos clientes produtos comprados online e cobram 4,2 euros por cada pedido de entrega, revela um estudo da consultora Deloitte sobre desempenho do comércio electrónico em Portugal.
“A rapidez de entrega é um dos factores mais importantes e diferenciador para o consumidor no momento da entrega, situando-se, actualmente, e em média, em 3,5 dias”, indica o estudo Experiência de Compra Online e de Operações Last Mile, feito pela Deloitte em colaboração com a Associação Portuguesa de Logística (Aplog), onde foram analisadas 162 empresas de grande consumo com loja online em Portugal.
O sector alimentar e de bebidas é o que apresenta melhor desempenho quanto ao tempo da entrega, com três em cada quatro empresas a conseguirem entregar os produtos adquiridos online em até dois dias.
O sector casa e decoração é o que apresenta o tempo de entrega mais elevado (5,5 dias).
Verifica-se ainda que apenas uma em cada quatro empresas consegue entregar os produtos adquiridos online pelos consumidores em menos de dois dias.
O estudo indica ainda que os clientes pagam, em média, 4,2 euros por cada pedido de entrega, com o sector da electrónica e telecomunicações a registar o custo inferior (1,9 euros) e onde apenas 7% das empresas apresenta um valor superior a quatro euros.
“Apesar de a entrega gratuita ser um dos atributos mais valorizados e tidos em conta pelos consumidores, a oferta deste serviço é uma prática pouco frequente entre os operadores em Portugal, sendo o sector da electrónica e telecomunicações o que apresenta maior proporção de empresas com esta prática (43%)”, pode ler-se no documento.
No sentido oposto, no sector da beleza e higiene, a entrega gratuita é praticamente inexistente.
Embora uma taxa reduzida de entrega incentive a compra, “para os sectores com margens mais baixas existe uma pressão para a imputação destes custos ao consumidor”, sublinham os autores do estudo.
De acordo com a análise, mais de metade (54%) dos carrinhos de compras virtuais abandonados têm como causa o custo da entrega, sendo a primeira variável que mais influencia a decisão de compra, seguindo-se os longos procedimentos de check-out e dificuldade de navegação.
Por sua vez, os principais factores que contribuem para o custo da entrega são as dimensões do produto, o valor total da compra e o prazo de entrega.
Quanto ao processo de integração dos canais digitais e físicos, apenas 51% das empresas analisadas disponibilizam online todo o stock disponível nas suas lojas, “uma opção cada vez mais importante, tendo em conta a tendência dos consumidores para consultar a disponibilidade dos produtos online antes de se deslocar às lojas físicas”, realça o documento.
Nas devoluções, “esta integração tem também ainda um caminho a percorrer”, já que apenas 52% das empresas permitem a devolução dos produtos através de qualquer um dos canais disponibilizados, independentemente do canal utilizado no processo de compra.
Sobre as opções de pagamento, o cartão de crédito é o mais utilizado nos diversos sectores, segundo 92% das empresas analisadas.
Apenas 35% das empresas de grande consumo com loja online a actuar em Portugal disponibilizam o MB Way e 73% têm opção de pagamento por Paypal.
O estudo mostra ainda que 95% dos websites analisados revelam-se responsivos, apresentando a capacidade de projecção em qualquer tipo de resolução de ecrã.
Em relação à interactividade com o consumidor, 41% das empresas disponibilizam aos clientes a possibilidade de comentar ou avaliar os produtos nos seus websites, conclui ainda o estudo.