DGS vai recomendar máscara ao ar livre em sítios movimentados

A máscara deverá ser usada, mesmo ao ar livre, em sítios movimentados, se não for possível garantir a distância necessária.

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DIOGO VENTURA

A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse esta segunda-feira, em conferência de imprensa, que irá sair uma recomendação da Direcção-Geral da Saúde (DGS) segundo a qual a máscara deverá ser usada, mesmo ao ar livre, em sítios movimentados, se não for possível garantir a distância necessária.

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A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse esta segunda-feira, em conferência de imprensa, que irá sair uma recomendação da Direcção-Geral da Saúde (DGS) segundo a qual a máscara deverá ser usada, mesmo ao ar livre, em sítios movimentados, se não for possível garantir a distância necessária.

Graça Freitas diz que a DGS sempre teve uma “postura evolutiva” face a esta questão das máscaras, e que não se trata de “mudar de opinião": “Até já preconizámos a utilização de máscara ao ar livre em determinadas circunstâncias. Quais eram? Aquelas em que não é possível manter, garantir distância física entre as pessoas. Ao ar livre, a utilização de máscaras fará sentido se formos, de facto, para zonas onde não consigamos garantir que ficamos longe de outros. Diferente é uma situação ao ar livre, no campo, num jardim, a horas em que não andam outras pessoas a passear”, disse a directora-geral da Saúde.

E acrescentou: “Portanto, isto será uma utilização que tem a ver com dois critérios, a proximidade das pessoas, esse é sempre o problema em relação às máscaras, se estivermos longe o suficiente não é preciso utilizar o método barreira; se estivermos próximos, o método barreira ajuda.”

Graça Freitas disse que deverá, por isso, sair uma recomendação nesse sentido: “Muito brevemente e depois de, mais uma vez, termos consultado os peritos nacionais e internacionais, vai sair uma orientação no sentido de que, quando as pessoas, no exterior, não conseguirem garantir para elas ou para os outros a distância física recomendanda, poderão, deverão usar máscara.”

A responsável ressalvou ainda o seguinte: “Se estiverem no exterior, mas distantes de outras pessoas não faremos essa recomendação, sendo que as pessoas são livres, volto a dizer, de que se quiserem utilizar em todo o momento, porque se sentem melhor, poder fazê-lo. Mas a recomendação será no sentido de a utilização ao ar livre poder acontecer quando estamos muito próximo de outros em sítios movimentados”.

Para já, não é obrigatório, em Portugal (à excepção da Madeira), usar máscara na rua. Apesar de a DGS já ter feito, em conferências de imprensa anteriores, uma distinção, em relação ao uso de máscara ao ar livre, entre sítios exteriores muito movimentados e com muitas pessoas e locais, por exemplo, a horas tardias e sem ninguém, não existe, para já, qualquer obrigatoridade de uso de máscara na rua, ao contrário do que já acontece noutras cidades de outros países. 

Neste momento, é obrigatório colocar máscara em espaços fechados, como transportes públicos, estabelecimentos comerciais, cafés e restaurantes (excepto no momento de comer e de beber), serviços públicos e escolas (para todos os funcionários, professores e alunos a partir do 2.º ciclo do ensino básico).