A pandemia trouxe mais poupança. E um efeito imediato negativo na economia

Taxa de poupança ao nível mais alto desde 2014 e depósitos bancários a crescerem como não se via desde os tempos da troika. A queda do consumo está a superar a diminuição dos rendimentos, numa crise com características inéditas.

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Nelson Garrido

No auge de uma das maiores crises da história e apesar de uma parte da população estar já a sofrer perdas de rendimento e de emprego, os portugueses têm estado nos últimos meses, em média, a poupar uma parte maior do seu rendimento. É um fenómeno que pode parecer surpreendente, mas que na verdade é habitual no início das crises económicas e que desta vez é até acentuado pelos obstáculos ao consumo trazidos pelas medidas de confinamento. Poupar mais pode ser positivo para uma economia endividada como a portuguesa, mas a má notícia é que, no curto prazo, contribui ainda mais para a travagem na actividade.

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No auge de uma das maiores crises da história e apesar de uma parte da população estar já a sofrer perdas de rendimento e de emprego, os portugueses têm estado nos últimos meses, em média, a poupar uma parte maior do seu rendimento. É um fenómeno que pode parecer surpreendente, mas que na verdade é habitual no início das crises económicas e que desta vez é até acentuado pelos obstáculos ao consumo trazidos pelas medidas de confinamento. Poupar mais pode ser positivo para uma economia endividada como a portuguesa, mas a má notícia é que, no curto prazo, contribui ainda mais para a travagem na actividade.