Livros históricos de Galileu, Goya e Newton roubados em 2017 encontrados na Roménia
Manuscritos antigos tinham sido roubados durante um assalto em 2017, no Reino Unido, e foram encontrados enterrados no condado de Neamt. Os livros, no valor de pelo menos dois milhões de euros, serão enviados para a Itália para exame a fim de ser confirmada a sua autenticidade.
Dezenas de livros históricos, como primeiras edições de Galileu Galilei e Isaac Newton, dos séculos XVI e XVII, roubados em 2017 de um armazém na cidade britânica de Feltham, foram encontrados enterrados no condado romeno de Neamt.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Dezenas de livros históricos, como primeiras edições de Galileu Galilei e Isaac Newton, dos séculos XVI e XVII, roubados em 2017 de um armazém na cidade britânica de Feltham, foram encontrados enterrados no condado romeno de Neamt.
A informação foi avançada esta sexta-feira pela agência de coordenação judicial Eurojust, que corrobora revelações da polícia romena, segundo as quais estão em causa “obras de importância internacional e insubstituível”, que incluem também um livro do século XVIII do pintor espanhol Francisco Goya.
Na sequência de uma ordem de investigação europeia, a polícia romena revistou uma casa em Neamt, um distrito romeno na região da Moldávia, onde encontrou dezenas de livros e manuscritos antigos que tinham sido roubados durante um assalto em 2017, no Reino Unido, perpetrado por um grupo organizado de cidadãos romenos, sublinhou a Eurojust num comunicado de imprensa.
Os livros, no valor de pelo menos dois milhões de euros, serão agora enviados para a Itália para exame a fim de ser confirmada a sua autenticidade. A investigação, conduzida a partir de Haia pelas agências europeias de coordenação judiciária Eurojust e Europol, contou com a cooperação, a partir de 2017, das autoridades judiciais e policiais do Reino Unido, da Itália e da Roménia.
Em Janeiro de 2020, a pessoa que conhecia o paradeiro do saque, um cidadão romeno procurado pelas autoridades britânicas, foi preso na cidade italiana de Turim, o que permitiu os actuais avanços da operação europeia e a recuperação, esta quarta-feira, dos livros antigos antes de serem postos à venda.
Os suspeitos do roubo encontram-se em prisão preventiva no Reino Unido. Entre Dezembro de 2016 e Abril de 2019, pelo menos 13 pessoas foram acusadas de roubo e conspiração, sendo que 12 se declararam culpadas e aguardam a sentença no final deste mês.