Grupo de 28 migrantes interceptado “em pleno areal” de praia da Ilha Deserta, em Faro

Quando as autoridades chegaram ao local, embarcação já estava abandonada. Foram interceptados em pleno areal 24 homens, três mulheres, uma delas grávida, e uma criança.

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Um grupo de migrantes desembarcou, ao início da tarde desta terça-feira, na praia da ilha da Barreta, também conhecida como Ilha Deserta, em Faro, confirmou o PÚBLICO junto da Autoridade Marítima Nacional (AMN) e da Guarda Nacional Republicana (GNR).

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Um grupo de migrantes desembarcou, ao início da tarde desta terça-feira, na praia da ilha da Barreta, também conhecida como Ilha Deserta, em Faro, confirmou o PÚBLICO junto da Autoridade Marítima Nacional (AMN) e da Guarda Nacional Republicana (GNR).

A “acção conjunta" da GNR e da Polícia Marítima foi desencadeada no seguimento de “uma denúncia para a linha de emergência 112 relativa a movimentos suspeitos de uma embarcação ao largo da ilha da Deserta”, explicou em comunicado a Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR. 

Segundo a porta-voz da AMN, a comandante Nádia Rijo, 28 indivíduos foram detidos depois de terem fugido quando desembarcaram: as autoridades depararam-se com o barco já abandonado quando chegaram ao local. A embarcação em que navegavam foi apreendida, e a GNR e a AMN confirmaram que foram interceptados “em pleno areal 28 migrantes": 24 homens, três mulheres, uma delas grávida, e uma criança.

A Polícia Marítima e a GNR continuam com meios no terreno para garantir que todos os migrantes foram interceptados, mas tudo indica para que não haja nenhuma pessoa em fuga, reconheceu ao PÚBLICO o Comandante do Destacamento de Controlo Costeiro de Olhão, capitão Nuno Marinho, acrescentando que todos os que seguiam na embarcação “aparentam estar de boa saúde”.

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Embarcação em que navegavam os migrantes foi apreendida Autoridade Marítima Nacional

A porta-voz da AMN avançou que a situação foi comunicada ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que também esteve no local. Em comunicado enviado às redacções, o SEF informou que os migrantes “vão ser instalados na Base de Apoio Logístico do Algarve em Quarteira, onde será assegurada a realização dos testes à Covid-19 e garantida a assistência humanitária, em particular as necessidades básicas de alimentação e assistência médica”.

Várias embarcações de migrantes foram interceptadas este ano ao largo do Algarve, a última delas a 21 de Julho, quando um grupo de 21 migrantes foi interceptado pela GNR na praia do Farol, na ilha da Culatra, perto da praia da Barreta em que o grupo desta terça-feira desembarcou.

Em Junho, dois grupos de migrantes desembarcaram também no Algarve. Uma embarcação com um grupo de sete migrantes, alegadamente de origem marroquina, desembarcou em Olhão. Uma outra embarcação, desta vez com 22 migrantes oriundos no Norte de África, foi interceptada quando as pessoas se preparavam para desembarcar na Praia de Vale do Lobo, no Algarve.

Em Janeiro, um outro grupo de 11 migrantes tinha chegado à costa algarvia, antecedido de uma embarcação com oito homens, em Dezembro de 2019.