“Outrora é um lugar situado no centro do universo”, assim começa o terceiro romance da polaca Olga Tokarczuk (n. 1962), Outrora e Outros Tempos, originalmente publicado em 1996, e com o qual a autora começou a ter visibilidade internacional. (Curiosamente, é também o terceiro livro da autora a ser traduzido em português). A aldeia chamada Outrora (e outros, poucos, lugares ao redor) é um microcosmos no coração da Polónia rural, um lugar guardado, nos quatro pontos cardeais, por quatro arcanjos e habitado por personagens de algum modo arquetípicas. Este romance, cuja acção decorre entre 1914 e 1980, é a crónica das vidas dos seus habitantes ao longo do século XX; mas, sobretudo, é a história de um século e de um país. O tempo individual e o tempo histórico correm em caminhos paralelos de onde se avistam mutuamente.
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“Outrora é um lugar situado no centro do universo”, assim começa o terceiro romance da polaca Olga Tokarczuk (n. 1962), Outrora e Outros Tempos, originalmente publicado em 1996, e com o qual a autora começou a ter visibilidade internacional. (Curiosamente, é também o terceiro livro da autora a ser traduzido em português). A aldeia chamada Outrora (e outros, poucos, lugares ao redor) é um microcosmos no coração da Polónia rural, um lugar guardado, nos quatro pontos cardeais, por quatro arcanjos e habitado por personagens de algum modo arquetípicas. Este romance, cuja acção decorre entre 1914 e 1980, é a crónica das vidas dos seus habitantes ao longo do século XX; mas, sobretudo, é a história de um século e de um país. O tempo individual e o tempo histórico correm em caminhos paralelos de onde se avistam mutuamente.