À procura das legiões de Roma, no silêncio da serra do Laboreiro

Um quinteto de arqueólogos portugueses está a escavar no planalto de Castro Laboreiro, onde acreditam que possa ter existido um enorme acampamento temporário do exército Romano. Será, esperam, o segundo que descobrem em pleno parque-nacional.

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O grupo já escavou uma secção da muralha, com mais de dois metros de espessura Nelson Garrido

Não parece haver sinais de guerra por aqui. Mas no planalto de Castro Laboreiro, com a Galiza a meia dúzia de passos, cinco homens procuram fazer falar a terra, posta em silêncio. Nem o gado que aqui pasta, nem os seus pastores imaginarão que há mais de dois mil anos um exército numeroso possa ter acampado na Lomba do Mouro, junto a algumas mamoas, pernoitando com os mortos, longe dos olhares dos vivos. João Fonte, arqueólogo, também não imaginaria, não fosse uma mensagem, vinda do céu, dizer-lhe que tinha de ir ali para, com as suas próprias mãos, fazer perguntas e procurar respostas. 

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Não parece haver sinais de guerra por aqui. Mas no planalto de Castro Laboreiro, com a Galiza a meia dúzia de passos, cinco homens procuram fazer falar a terra, posta em silêncio. Nem o gado que aqui pasta, nem os seus pastores imaginarão que há mais de dois mil anos um exército numeroso possa ter acampado na Lomba do Mouro, junto a algumas mamoas, pernoitando com os mortos, longe dos olhares dos vivos. João Fonte, arqueólogo, também não imaginaria, não fosse uma mensagem, vinda do céu, dizer-lhe que tinha de ir ali para, com as suas próprias mãos, fazer perguntas e procurar respostas.