Governo prolonga interdição aos cruzeiros até 30 de Setembro

A interdição de desembarque de passageiros está em vigor desde Março.

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Ricardo Lopes

Este ano, e contabilizando os primeiros sete meses do ano, os portos portugueses registaram menos meio milhão de passageiros. A interdição de desembarque de cruzeiros, em vigor desde 14 de Março, foi agora prolongada pelo Governo até final do mês devido à pandemia de covid-19.

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Este ano, e contabilizando os primeiros sete meses do ano, os portos portugueses registaram menos meio milhão de passageiros. A interdição de desembarque de cruzeiros, em vigor desde 14 de Março, foi agora prolongada pelo Governo até final do mês devido à pandemia de covid-19.

Segundo o despacho, publicado esta segunda-feira em Diário da República, a interdição, que terminaria à meia-noite, foi prolongada até às 23h59 de 30 de Setembro, podendo ser novamente alargada em função da situação epidemiológica em Portugal.

Fica assim decretada a interdição de desembarque e licenças para terra de passageiros e tripulações dos navios de cruzeiro nos portos nacionais.

O Governo justifica esta interdição “como medidas de contenção das possíveis linhas de contágio, de modo a controlar a disseminação do vírus SARS-CoV-2 e da doença covid-19, sendo que a situação epidemiológica, quer em Portugal quer noutros países, continua a não se mostrar plenamente controlada”.

“A experiência internacional demonstra “o elevado risco decorrente do desembarque de passageiros e tripulações dos navios de cruzeiro”, sublinha.

O despacho, que é assinado pelos ministros da Defesa Nacional, Administração Interna e Saúde e o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, indica ainda que “os navios de cruzeiro estão autorizados a atracar nos portos nacionais para abastecimento, manutenção e espera desde que sem passageiros e apenas com a tripulação mínima para a operação”.

Depois de uma longa paragem, algumas companhias de cruzeiros retomaram a actividade, de forma modesta e controlada. No Mediterrâneo já navegam as companhias Costa Cruzeiros e MSC, sob medidas, garantem, apertadas de segurança – esta última companhia chegou mesmo a expulsar uma família da viagem de estreia por não cumprir as regras anti-covid-19.

Outros gigantes mundiais, como a Carnival (que integra a Costa) ou a Royal Caribbean, optaram por cancelar os programas de cruzeiros até final de Outubro.

Em Julho, um dos primeiros cruzeiros a voltar ao mar, na Noruega, foi terminado abruptamente devido a um surto.