Disney+: quase toda a Disney chega finalmente a Portugal (e traz com ela o Baby Yoda)

O serviço de streaming que arrancou em Novembro fica disponível cá esta terça-feira, e traz com ele The Mandalorian, a série de Star Wars, conteúdos da Pixar, da Disney, da Fox, da National Geographic e da Marvel.

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Até há bem pouco tempo, o catálogo quase completo da Disney não estava disponível para adquirir se os espectadores assim o quisessem. Primeiros nos cinemas, e depois em home-video, os filmes iam sendo lançados, só podiam ser comprados por um tempo limitado, e depois voltavam ao chamado cofre da Disney. Agora, com o Disney+, o serviço de streaming próprio que arrancou em Novembro do ano passado nos Estados Unidos, Canadá e Holanda e chega esta terça-feira a Portugal — e também à Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Luxemburgo, Noruega e Suécia —, essa questão deixou de existir.

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Até há bem pouco tempo, o catálogo quase completo da Disney não estava disponível para adquirir se os espectadores assim o quisessem. Primeiros nos cinemas, e depois em home-video, os filmes iam sendo lançados, só podiam ser comprados por um tempo limitado, e depois voltavam ao chamado cofre da Disney. Agora, com o Disney+, o serviço de streaming próprio que arrancou em Novembro do ano passado nos Estados Unidos, Canadá e Holanda e chega esta terça-feira a Portugal — e também à Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Luxemburgo, Noruega e Suécia —, essa questão deixou de existir.

O serviço que chega agora ao nosso país custa 69,99€ por ano, funciona em quatro ecrãs em simultâneo com perfis para crianças e adultos, e conta com todos os maiores títulos da produtora, bem como os menores, salvo algumas excepções. O catálogo inclui dos mais antigos, da curta-metragem Steamboat Willie, co-realizada pelo próprio Walt Disney em 1928, que mostrou Mickey e Minnie ao mundo, até aos mais recentes, como o remake em imagem real de Mulan, que chega em Dezembro, o filme Black is King, de Beyoncé, ou a versão filmada de Hamilton, o musical de Lin-Manuel Miranda, ambos exclusivos Disney+. Pelo meio, sequelas que foram directamente para vídeo, filmes esquecidos pelo tempo, curiosidades caricatas, séries de imagem real e animação, como As Gárgulas, o clássico dos anos 1990. De fora fica, por exemplo, A Canção do Sul, o polémico e inovador filme racista de 1946 realizado por Harve Foster e Wilfred Jackson.

Mas nem só de Disney vive o Disney+. O serviço, que tem mais de 600 filmes e cem séries no catálogo ao arranque, gaba-se de ter várias das marcas que hoje pertencem à alçada Disney, dos filmes de animação da Pixar, entre curtas e longas, aos super-heróis Marvel, incluindo a saga X-Men e o Quarteto Fantástico, mas sem Homem-Aranha, passando por tudo o que seja da saga Star Wars (à excepção da série de animação Clone Wars) e ainda os documentários e séries da National Geographic.

Há também conteúdos da Fox, que a Disney comprou no ano passado. Isso inclui, por exemplo, todas as temporadas e o filme Os Simpsons — os episódios antigos poderão ser vistos na versão original, em 4:3, ou na versão remasterizada, que, ao esticar a imagem, corta algumas das piadas visuais, o que deu origem a algumas queixas aquando do início do serviço. E dá espaço para vários filmes, que vão de Quem Tramou Roger Rabbit?, o neo-noir que é um marco da animação misturada com imagem real de Robert Zemeckis, a Olá, Dolly!, o musical de Gene Kelly de 1969, passando pela saga Sozinho em Casa e comédias românticas como 10 Coisas que Odeio em Ti, de Gil Junger ou Nunca Fui Beijada, de Raja Gosnell.

Todos os conteúdos vêm com versões legendadas ou dobradas em inglês e a maioria das discrepâncias entre a estreia original internacional e a chegada dos conteúdos a Portugal prende-se com isso, ou com alguns problemas de direitos. Alguns, como Hamilton, não terão dobragem.

Culto à volta de Baby Yoda

A plataforma arranca com vários conteúdos exclusivos e originais, que tenham sido planeados especificamente para o serviço de streaming ou tenham ido lá parar por causa de factores externos como a pandemia. Além dos dois musicais já mencionados, Black is King e Hamilton, há conteúdos como Howard, documentário de Don Hahn sobre Howard Ashman, o letrista de musicais como Aladino, A Bela e o Monstro ou A Pequena Sereia, bem como, finalmente, a estreia de The Mandalorian, a criação de Jon Favreau que segue um caçador de prémios no universo Star Wars que criou um culto à volta de Baby Yoda, uma criatura da mesma espécie que Yoda.

Existe também a série cómica Diário de uma Futura Presidente, de Ilana Peña, um remake em imagem real e animação computadorizada de A Dama e o Vagabundo, realizada por Charlie Bean e co-escrita pela estrela do cinema independente Andrew Bujalski, o filme sobre um elefante de Thea Sharrock, O Único e Incomparável Ivan, a série High School Musical: O Musical: A Série, um mockumentary baseado na série de filmes homónima, O Mundo Segundo Jeff Goldblum, em que o actor que lhe dá o nome vai aprender mais sobre o mundo, ou A História da Imagineering, um documentário sobre a divisão de parques temáticos e outras atracções da Disney. Há muitos filmes de séries dos Marretas, mas Muppets Now, a série mais recente, um exclusivo Disney+ que se estreou em Julho, ainda demorará algum tempo a chegar cá.

O que aí vem

O vindouro Secret Society of Second-Born Royals, de Anna Mastro, é um filme não só de super-heróis adolescentes, mas também de príncipes, que tem estreia marcada para 25 de Setembro. Centra-se numa rapariga anti-monarquia, a segunda na linha de sucessão ao trono de um reino ficcional e que descobre ter superpoderes, acabando por se juntar a uma sociedade secreta de pessoas na mesma condição do que ela. O filme traz algumas novidades: Niles Fitch, um dos actores, explicou ao PÚBLICO durante uma mesa redonda por Zoom que é “o primeiro príncipe negro em imagem real da Disney”. “É História, para mim, é preciso tentar ser uma boa representação. Quando estava a crescer, não havia super-heróis negros, o que podia ver era o Will Smith no Príncipe de Bel-Air. Saber que estou a fazer isso para uma nova geração significa tudo para mim”, conluiu. “É tão excitante fazer parte desta indústria neste momento em que tudo está a mudar tão drasticamente, e há um esforço grande em normalizar a diversidade”, completou Peyton Elizabeth Lee, a protagonista.

Marcada para Outubro está a estreia de The Right Stuff, uma adaptação dramática, com produção executiva de Leonardo DiCaprio, do livro homónimo de Tom Wolfe sobre o grupo de astronautas do Projecto Mercúrio. Para vir estarão também, ainda sem datas, as séries Marvel The Falcon and the Winter Soldier, WandaVision, Loki e What If..., bem como Monsters at Work, um spin-off de Monsters, Inc., da Pixar, Big Shot, uma criação de Brad Garrett sobre um treinador de basquetebol, ou uma adaptação em série da saga de filmes de hóquei juvenil A Hora dos Campeões.